Assim falou Basílio Horta para justificar uma coligação do PS com o PSD em Sintra, preferindo negociar com Pedro Pinto, preterindo Marco Almeida, o candidato independente (antes preterido pela estrutura central do seu partido, o PSD, contra a proposta da concelhia de Sintra) que ficou a escassos 1500 votos da lista Basílio Horta*.
O senhor Basílio Horta não precisava justificar-se. Justificou-se e estendeu-se.
Não porque tenha feito uma coligação já que não dispunha de uma maioria na Câmara, nem porque tenha preferido coligar o PS com o PSD/CDS, em sentido contrário ao dos órgãos centrais daqueles partidos, que, desgraçadamente para o País, não se entendem acerca dos objectivos críticos para a superação da crise, mas pelas razões que invocou: a sua repulsa da concorrência de candidaturas independentes nas eleições autárquicas.
Isto é: Para o senhor Basílio Horta a democracia esgota-se na subordinação partidária, considerando a candidatura de independentes fora dessa sujeição uma atitude anti partidária, e que, portanto, deve morrer à nascença.
Tendo sido fundador do CDS, do qual foi vice-presidente e secretário-geral, Basílio abandonou o partido e encetou uma carreira pseudo independente com aproximação ao PS, concorrendo nas listas socialistas nas últimas eleições legislativas e agora à Câmara de Sintra. Como estrénuo defensor das instituições partidárias lembra o outro, tão fervoroso defensor da instituição do casamento, que já tinha casado sete vezes.
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*Àqueles que, seguindo as instruções de Mário Sores - patrocinador da campanha de Basílio Horta - votaram PS em Sintra para penalizar o Governo, saiu-lhes o tiro pela culatra.
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*Àqueles que, seguindo as instruções de Mário Sores - patrocinador da campanha de Basílio Horta - votaram PS em Sintra para penalizar o Governo, saiu-lhes o tiro pela culatra.
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