Pois se disse, não deveria ter dito.
E não deveria ter dito, não porque a dívida seja sustentável mas porque, disse o PR, é altamente inconveniente que se diga que a dívida é insustentável. E é inconveniente porque os credores podem acreditar no que ouvem dizer a analistas e políticos masoquistas e cortarem o crédito à República.
Quem sāo esses credores que se fiam mais nestes analistas e políticos masoquistas do que no BCE, no FMI, na Uniāo Europeia, entre outras instituiçōes notáveis que acreditam que a dívida pública portuguesa é sustentável e a República Portuguesa solvente?
Pois, muito maioritariamente, essas mesmas instiuiçōes e os bancos portugueses, enquanto intermediários das operaçōes de financiamento junto dos investidores, sendo estes, que em última instância podem dar ouvidos aos masoquistas e desinteressarem-se da dívida portuguesa.
Mas serāo os investidores assim tāo sensíveis a estes alarmes e tāo pouco confiantes nas instituiçôes intermediárias? Dito de outro modo: se os masoquistas se calarem a dívida passa a ser sustentável mesmo que, realmente, não seja? É evidente que nāo passa. A confiança só se esboroa com boatos quando a realidade em que ela se deposita nāo é consistente.
Se o BCE garantisse, como banco típico central, a indiscutível solvabilidade dos países membros, os juros da dívida portuguesa seriam próximos da Alemanha ou da França, voltando à situaçāo pré-crise, a dívida pública seria bem menor e, nesse caso, provavelmente, sustentável, e o ajustamento realmente eficiente.
Caso contrário, nāo. Com ou sem masoquistas em campo.
2 comments:
mas que boa perpectiva;com juros parecidos aos da Alemanha já podiamos retomar a construçao de piscinas publicas mais autoestradas para Zamora e Porto, o TGV um segundo aeroporto em Beja mais umas marinas e heliportos na Madeira. deus o ouça homenm. e mais umas PPP´s não seria ouro sobre a ..rampa feita pelos jotinhas que há muitos anos se governam?
Quando eu era criança, a regra era que o que se passava dentro de casa, no seio da família, não se comentava cá fora. E assim, às vezes a comunidade era surpreendida, quando um escândalo familiar rebentava, e todos diziam: "Como é possível, tão bom pai de família, católico praticante...."!!
Estas recomendações do PR, o da farsa para "livrar o coiro", infelizmente não me surpreende, faz parte da hipocrisia bacoca inadmissível no mais alto magistrado da nação.
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