Grande maioria dos órgãos do Estado não presta contas, segundo o jornal i de hoje.
O título da notícia é equívoco porque as diligências feitas pelos jornalistas do i limitaram-se aos órgãos directamente dependentes do governo central da República e não abrangem, portanto, os órgãos do poder regional e local nem outras entidades públicas ou maioritariamente públicas. Se na investigação do i tivessem sido incluídas as câmaras municipais e as juntas de freguesia os resultados seriam arrasadores.
Já várias vezes apontei neste bloco notas que a falta de transparência das contas da administração pública, a sistemática desobediência à legislação em vigor na matéria em questão, a sobranceira indiferença com que as auditorias do Tribunal de Contas são tidas pelos responsáveis por irregularidades ou ilegalidades por eles cometidas, a inimputabilidade geral que campeia por todo o lado, constituem um dos principais factores de menorização da democracia em Portugal.
Agora, quando país se enche de outdoors com figurões colocados em cada esquina para caçar o voto que lhes garante a glória doméstica, quantos deles se recandidatam sem ter apresentado contas? Haverá algum que o tenha feito? A recandidatura a novos mandatos deveria ser impossibilitada aos faltosos.
Percebe-se que o governo (este ou outro qualquer) defronte enormes dificuldades para reestruturar o Estado quando tem pela frente interesses corporativos monopolistas mas já não se percebe, por exemplo, por que razão dos 27 órgãos directamente dependentes do ministério da agricultura, nem um sequer apresentou relatório de actividades relativamente a 2012 e só 9 apresentaram plano de atividades para 2013; ou por que é que nenhum dos 5 órgãos do ministério da defesa apresentou o relatório de actividades de 2012 nem o plano de actividades para 2013. Por que é que os responsáveis, que não podem ignorar isto, consentem tanta indisciplina e se tornam, implicitamente, coniventes destas ilegalidades?
Por incompetência ou por falta de capacidade de comando.
1 comment:
--->>> O contribuinte não pode andar constantemente a correr atrás do prejuízo: BPN, PPP's, etc, etc, etc.
!!!...DEMOCRACIA SEMI-DIRECTA...!!!
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Dito de outra forma:
-> Não seja cúmplice dos 'Políticos Carta Branca': os políticos que querem carta branca para continuar a estoirar milhões e milhões em endividamento...
-> Apoia os 'Políticos Disponíveis para serem Fiscalizados' (pelo contribuinte): "O Direito ao Veto de quem paga".
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---> É uma 'regra' da democracia:
- Um ministro das finanças que dê abébias a certos lobbys tem a vida facilitada... pelo contrário, um ministro das finanças que queira ser rigoroso, tem de enfrentar uma (constante) tempestade política.
---> Mesmo depois de já terem sido estoirados mais de 200 mil milhões em endividamento... os 'Políticos Carta Branca' querem estoirar mais: eles continuam a falar em mais e mais despesa... NÃO ENQUADRADA na riqueza produzida!?!?!
-> Mais, para os 'Políticos Carta Branca' já se vislumbra uma luz ao fim do túnel: "implosão da soberania, ou o caos" - federalismo...
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---> Por um sistema menos permeável a lobbys, os 'Políticos Disponíveis para serem Fiscalizados' (pelo contribuinte) farão uma gestão transparente para/perante cidadãos atentos... leia-se, são necessários melhores mecanismos de controlo... um exemplo: "O Direito ao Veto de quem paga" (vulgo contribuinte): ver blog 'fim-da-cidadania-infantil'.
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O CONTRIBUINTE TEM QUE SE DAR AO TRABALHO!!!
-> Leia-se: o contribuinte tem de ajudar no combate aos lobbys que se consideram os donos da democracia!
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Anexo:
LOBBYS PATRONAIS E LOBBYS SINDICAIS UNIDOS:
- ambos, nas suas negociações com os governos, QUEREM MANTER O CONTRIBUINTE DE FORA… de facto, os mafiosos dos lobbys patronais (e dos lobbys sindicais) não querem que QUEM PAGA (vulgo contribuinte) possua o Direito de Vetar negociatas…
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