Friday, April 22, 2011

CÉU GERALMENTE MUITO NUBLADO

Passos Coelho, ao convidar Nobre com a promessa de fazer dele presidente da Assembleia da República, conseguiu o pleno do disparate político: nunca Nobre será presidente da AR, não trará votos para o PSD e, pelo contrário, está a afastar apoios internos e votos, colocou Nobre no centro das discussões retirando de cima do Governo a pressão e o desgaste a que estaria sujeito como principal responsável pela situação dramática para onde conduziu o país.

Nobre, por culpa própria e de Passos Coelho & Companhia, ou da Companhia Passos Coelho, tingiu a sua imagem de filantropo com o oportunismo de um troca-tintas. Se lhe restar um mínimo de senso comum, Nobre deveria, para bem dele, do PSD e do país, invocar uma justificação qualquer e retirar-se das lides para as quais não tem jeito.
O contrasenso é tão grande e a benesse tão inesperada que, por detrás da persistência errática de P Coelho, nas hostes passistas já há quem queira vislumbrar uma estratégia maquiavélica de PC querer sair derrotado por pouco nas eleições de modo a continuar a deixar nas mãos de Sócrates o tição que este atiçou.

Seja qual for o resultado de 5 de Junho, dez dias depois Portugal tem de pagar a maior factura do ano,  sete mil milhões de euros*. Por essa altura, as condições da ajuda externa já devem estar subscritas pelos três principais partidos. Se estiverem, haverá uma vitória de Pirro; se não, será um outro alcácer qualquer.

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