Começa hoje à tarde e só termina na terça-feira. Para alguns, e não serão poucos, começou antes e vai prongar-se mais. Chamam-lhe a semana santa, que este ano se junta ao 25 de Abril, permitindo a quem pode tirar férias à pala de uma tradição religiosa e de um fervor libertário que são celebrados apenas por uma minoria.
Quantos dos que hoje se metem à estrada ou fazem check in nos aeroportos o fazem para celebrar a Páscoa ou dar vivas à liberdade? Uma minoria. A grande maioria aproveita a oportunidade para ripanço e pândega.
Quanto custa a brincadeira? É difícil calcular. Uns calculam mesmo, talvez sarcasticamente, que é tudo lucro: Uma vez fora do local do trabalho por uma semana, ou talvez mais, com a dispensa do funcionário poupa o Estado nos consumíveis. Segundo este princípio, se levado ao extremo, o problema do défice ficava em grande parte resolvido colocando a maioria dos funcionários permanentemente em casa. Bastava que comparecessem os estritamente necessários, que são consideravelmente menos que todos.
Mas não só. As vias de acesso nas zonas de maior densidade urbana ficariam libertas de uns largos milhares de veículos, daí resultando benefícios para o ambiente e para a balança comercial, cronicamente deficitária.
Segundo outros, as perdas calculam-se dividindo o número de horas não trabalhadas pelo seu custo efectivo. Há mesmo um maduro que se deu ao trabalho de fazer a aritmética e calculou a perda em 20 milhões de euros só para a tarde do dia de hoje. Segundo o mesmo, os feriados e pontes associados custam a bela soma de 680 a 850 milhões!
Finalmente, os funcionários públicos querem-nos convencer que não há perdas, porque o que há é trabalho diferido, o que não se faz hoje à tarde far-se-á na próxima semana. Se assim fosse, mantendo a produtividade constante, se os cálculos do professor atrás referido estão certos, só para recuperar o trabalho que deixou de ser feito nos dias feriados e pontes correlativas o Estado emprega 10% do efectivo total.
Mas se lhes perguntarmos porque é que tantos serviços andam sistematicamente atrasados responderão que a razão é a falta de meios humanos.
Finalmente, os funcionários públicos querem-nos convencer que não há perdas, porque o que há é trabalho diferido, o que não se faz hoje à tarde far-se-á na próxima semana. Se assim fosse, mantendo a produtividade constante, se os cálculos do professor atrás referido estão certos, só para recuperar o trabalho que deixou de ser feito nos dias feriados e pontes correlativas o Estado emprega 10% do efectivo total.
Mas se lhes perguntarmos porque é que tantos serviços andam sistematicamente atrasados responderão que a razão é a falta de meios humanos.
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