in FT/Alphaville
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O gráfico produzido pela União Europeia e comentado hoje no ft/alphaville é bastante elucidativo da evolução comparada do investimento/trabalhador num conjunto de países que inclui Portugal (muito destacado pela negativa), os outros países do Sul da Europa, a Irlanda, a França e a Alemanha.
O horizonte de análise abrange os ultimos 50 anos e é flagrante a divergência observada entre Portugal e os restantes membros do conjunto, incluindo a Grécia, que se tem colado persistentemente nesta comparação a Espanha.
A conclusão parece contrária ao senso comum bebido nas notícias do dia a dia. Afinal não nos endividámos em excesso para investir mais do que podíamos? A resposta está no investidor e no tipo de investimento. O principal investidor foi o Estado e dirigiu-se em muitos casos para infraestruturas de baixa reprodutividade. Investimos pouco e mal, de um modo geral.
O investimento privado foi escasso e é aí que reside o busílis da questão: por que razão não é Portugal suficientemente atractivo para o investimento reprodutivo? É na resposta a esta questão que entra a qualidade do ensino, a ineficácia da justiça, a legislação laboral, a fiscalidade, a economia paralela, entre outros handicaps que tardam a ser colmatados.
Também por isso, ou sobretudo por isso, estamos onde estamos.
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