E não tem razão porque a comparação não é aceitável. O subsídio de desemprego (ou seguro de desemprego, a designação não altera as conclusões) é pago aqueles que perderam o emprego enquanto não conseguirem outro. Ao desempregado cumpre-lhe diligenciar no sentido de obter um novo emprego. O subsídio (ou seguro) só subsiste se a diligência é feita e durante o período em que ainda não resultou.
.
Assim sendo, ao Estado, que tem por missão, além do mais, assegurar a assistência social aos desempregados através dos mecanismos de repartição dos rendimentos ao seu dispor, compete-lhe também diligenciar no sentido de promover as acções ao seu alcance para o aumento da oferta de emprego.
.
Ora, havendo tanto que fazer no domínio dos trabalhos de que o Estado se incumbe, tanto a nível central como a nível local, é da inteira responsabilidade do Estado oferecer trabalho aos que o não têm, que caiba dentro das suas atribuições e das capacidades dos desempregados.
.
Esta oferta de trabalho, que é suposto dirigir-se à realização de tarefas que os serviços regulares dos orgãos centrais e locais do Estado não estão a cumprir por falta de meios humanos, não colide com os interesses daqueles meios regulares. Além do interesse comunitário desta política existe o da realização pessoal das pessoas envolvidas. O desemprego, para além da frustração do indivíduo é também, ou talvez por isso, muitas vezes fonte de maus hábitos.
---------
Se o Governo anuncia a criação de alguns milhares de estágios pagos a licenciados porque razão ignora os não licenciados desempregados para a realização de tarefas ao alcance das suas aptidões físicas?
3 comments:
Isto ainda vai no adro. Esperemos mais uns mesitos e vamos ver no que dá quando milhares e milhares de desmpregados, fizerem os 12 meses de subsídio.
Mudam para o Rendimento Mínimo, não é?
Quantos ficarão por aí?
Vai ser eterno?
"Vai ser eterno?"
Não há mal que não acabe ..., diz-se.
Diz-se, mas não acontece.
Qual é a sua visão para ver isto acabar?
Eu já não vejo nada.
Post a Comment