Monday, January 25, 2010

BLACK CURRENCY

DUAL CURRENCY
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“Estamos (ainda) longe disso.”
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O problema, grave, destas coisas é que não são assim tão inconsequentes. Um artigo destes, publicado no Financial Times deu a volta ao mundo em segundos. E, tendo consequências, elas não serão neutras, bem longe disso, para a situação crítica em que Portugal se meteu.
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Percebo perfeitamente a bondade da recomendação mas tenho as maiores dúvidas acerca dos seus méritos: porque não resolve o problema, apenas o mascara.
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Se estamos no euro. e essa presença implica todo um processo de gestão dos preços internos que considere a reavaliação da moeda em que transaccionamos internamente de modo a que obviem as consequências perversas que o V Bento tem repetidamente descrito, pois que se diga isso mesmo ao povo português. E se proceda em conformidade.
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Não é por acaso que a Irlanda, que enfrenta uma situação financeira mais sufocante que a nossa, não entra neste baralho. A resposta parece simples: Fez o que tem de ser feito: reduziu os salários.
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O seu diagnóstico está certo: Se não forem reduzidos de um golpe serão reduzidos lentamente, prolongando dolorosamente o período de ajustamento.Com todas as consequências, incluindo as de maior injustiça social que o V Bento refere. Mas tem outra: No fim do tratamento iniciar-se-á um novo período de recaída.
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O OE para 2010 vai ser aprovado com as abstenções do PSD e do CDS, que não tinham alternativa. Sem uma oposição vertebrada, o OE é um instrumento de compromisso de curto prazo que não compromete as posições partidárias perante os seus eleitorados. Todos satisfeitos, portanto.
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Se este artigo do Financial Times tiver um mérito será o de tocar a rebate junto dos nossos governantes e candidatos a isso. Talvez o ouçam, e arrepiem caminho. Entretanto, muita gente já o ouviu.
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Creio estarmos perante uma situação com alguns contornos parecidos à atribuição de ratings. As agências descredibilizaram-se e contribuíram para a gestação da crise. Mas, para mal dos nossos pecados, os credores continuam a dar-lhes ouvidos.

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