Tuesday, January 26, 2010

POTPOURRI

Era inevitável: O OE teria de ser aprovado com a abstenção do PSD (o CDS vai também abster-se) mas o Governo teria de satisfazer também outras clientelas. Escrevi isso aqui e, do que se conhece neste momento, até porque não era difícil acertar, acertei. Os tílulos do dia de hoje são esclarecedores. O PSD, depois de ontem ter, através do líder parlamentar ter chamado ao défice de 8,7% de 2009 um figo ( aquele "um bocadinho mais" alto do que os 8,7% é uma ternura...) proclama hoje através do seu porta voz para estas coisas que o OE 2010 é muito mais do que "apenas" um OE. Veremos o que dirá daqui a um par de meses.
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O contentamento dos PSD reside em grande parte na garantia de mais endividamento pela Madeira, o seu feudo, fiel quando precisa. Terá, em contrapartida, abdicado, para já, (mas não parece ainda seguro) de alterar a lei das finanças regionais, aumentando a tendência de despesa.
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Entretanto a Banca critica o anúncio de aumento de impostos para o sector, o que não poderia senão considerar-se um enorme desplante se não estivessemos já habituados (e não só em Portugal) a esta presunção dos banqueiros de que lhes assiste o direito de assumirem os riscos que entenderem e apresentarem os custos dos prémios aos contribuintes, depois de se apropriarem de bónus astronómicos forjados em rendas de cartel. No meio da crise os lucros do BES deverão ter subido 19% para 479 milhões de euros em 2009.
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Por estas e por outras é que os Governos europeus necessitam de 2,2 biliões de euros para financiar défices em 2010. Afinal não estamos sós. Estamos é mal acompanhados.
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Ainda que raramente concorde com as posições deste blog , subscrevo o que de essencial é escrito aqui.

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