O professor do ISEG (Duque) afirmou ontem que acha que o governo empolou os valores de défice de 2009 para, assim, poder apresentar um resultado de consolidação em 2010 mais expressivo. O professor do ICS, no seu blogue, escreve que os jornalistas deveria perceber que “é preciso que os media comecem a ter isso em consideração. Não se chama um oftalmologista para falar do último avanço na cura do reumatismo. Bem sei que o povo gosta de sangue e de ouvir dizer mal do governo. Mas há vida para além desse gosto. E, garanto-vos, dá gosto ouvir boa análise económica. A mim pelo menos dá”.
A ideia de défice empolado foi também defendido por economistas da Universidade Católica, escreve também hoje o Negócios. O ministro das Finanças disse hoje que essas suposições são uma tonteria (aqui)
A ideia de défice empolado foi também defendido por economistas da Universidade Católica, escreve também hoje o Negócios. O ministro das Finanças disse hoje que essas suposições são uma tonteria (aqui)
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Não sou, evidentemente, advogado de defesa neste caso nem de nenhum outro de idêntico foro.
O que me parece, contudo, é que, não tendo ouvido o seu colega João Duque, mas baseando-me apenas na sua transcrição no post apagado mas ressuscitada no blog que agora cita, há algo de exagerado na sua ciosidade especialista.
Não sou, evidentemente, advogado de defesa neste caso nem de nenhum outro de idêntico foro.
O que me parece, contudo, é que, não tendo ouvido o seu colega João Duque, mas baseando-me apenas na sua transcrição no post apagado mas ressuscitada no blog que agora cita, há algo de exagerado na sua ciosidade especialista.
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Porque o défice foi agravado, sem dúvida, pelas circunstâncias excepcionais da crise global, mas também pelo aumento de 2,9% ao funcionalismo público num ano que se sabia ia ser de contracção.
É preciso ser especialista de alguma coisa para afirmar isto?
Porque o défice foi agravado, sem dúvida, pelas circunstâncias excepcionais da crise global, mas também pelo aumento de 2,9% ao funcionalismo público num ano que se sabia ia ser de contracção.
É preciso ser especialista de alguma coisa para afirmar isto?
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É preciso ser economista para perceber que, por via administrativa, o sector dos não transaccionáveis (sei que o professor não gosta do termo mas a realidade existe e tem de ter um nome) onde se inclui a função pública, mas também os monopólios de facto, com preços regulados ou subvencionados, retiram ao sector dos transaccionáveis parte uma parte da riqueza proporcionalmente superior à riqueza nacional globalmente criada?
É preciso ser economista para perceber que, por via administrativa, o sector dos não transaccionáveis (sei que o professor não gosta do termo mas a realidade existe e tem de ter um nome) onde se inclui a função pública, mas também os monopólios de facto, com preços regulados ou subvencionados, retiram ao sector dos transaccionáveis parte uma parte da riqueza proporcionalmente superior à riqueza nacional globalmente criada?
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Repare que de uma penada, perdoe o plebeismo, o governo comprou muitos votos à custa do aumento défice. Ou não?
Repare que de uma penada, perdoe o plebeismo, o governo comprou muitos votos à custa do aumento défice. Ou não?
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