Os títulos do dia são dedicados aos anúncios que indiciam claramente aprovação do Orçamento do Estado para este ano com as abstenções do PSD e do CDS. O CDS considera que se abstem em nome do interesse nacional e da pátria (não se percebe bem onde possam divergir) e, inesperadamente, o líder do PSD antecipou-se ao Governo e informou os media que o défice orçamental de 2009 será "um bocadinho mais" alto do que os 8,7%. Com tanto patriotismo e carinho à volta do OE, aquilo que parecia ser um nó górdio é um airoso laço à volta do consenso que precisávamos. Era disto que estávamos à espera?
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Ainda não se sabe da missa a metade, mas se foi conseguido um consenso, mínimo pelo menos, à volta dos objectivos nacionais para este ano, esperemos que eles suportem bem os requisitos que, a médio prazo, as circunstâncias impõem para a saída do beco sem saída onde nos enfiámos.
E esperemos, sobretudo, que o OE para 2010 traduza um conjunto de medidas que se impõem para que a economia comece a recuperar parte da competitividade perdida.
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Que o défice se vai situar entre 8 e 8,3%, é apenas a indicação de que, por esse lado, se vai começar a dar a volta. Resta saber o que se vai passar pelos outros lados. Há mais vida para além do défice, como dizia Sampaio, mas querendo dizer outra coisa.
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