Quem passa, pelo menos, uma noite num hotel de Genebra é obsequiado com um cartão que lhe dá direito a utilizar gratuitamente todos os transportes públicos da cidade (autocarros, carros eléctricos, barcos para travessia do lago). Quem paga? Os hóspedes dos hoteis, os que recebem o livre trânsito.
.
A ideia é simples e funciona muito bem. Os transportes colectivos passam pontualmente e com grande assiduidade por todos os recantos e arredores da cidade, retirando das ruas milhares de automóveis que, de outro modo, a encheriam a cidade de poluição sonora e química, como em Lisboa, por exemplo.
.
Os hotéis são obrigados por lei a cobrar aos clientes uma taxa por cada diária facturada, taxa essa que inclui o direito à prestação do serviço de transporte pela empresa de transportes públicos da cidade. Na posse de um bilhete que lhe dá direito a deslocar-se sem pagar, a esmagadora maioria das pessoas utiliza os transportes públicos.
.
Por outro lado, as entradas e saídas nas cidades em combóios urbanos e intercidades, que funcionam de forma irrepreensível do ponto de vista da pontualidde e da frequência, é também um factor que contibui de forma decisiva para a rarefacção do trânsito automóvel.
.
Aliás, os meios de sedução que os responsáveis pelas empresas ferroviárias empregam para captar utilizadores, chegam a, nos intercidades, integrarem uma carruagem equipada com um parque de diversão para os mais pequenos.
.
Algum dos candidatos à Câmara de Lisboa já falou nisto?
2 comments:
Boa noite.
Já houve um que falou.
Falou em fazer-se mais uma ponte para poderem entrar mais carros em lisboa.
Quanto mais carros a andar, mais gasolina se gasta.Quanto mais se gasta, mais a galp vende.Quanto mais vende mais compra.Lixo, poluição? Até fica bem aquela névoa.
Nem digo mais nada.
"Nem digo mais nada."
Temos de dizer.
Ainda que ninguém nos ouça.
Que cada um faça o que puder.
A mais não é obrigado.
Post a Comment