Tuesday, December 11, 2007

PASSAGEM PROÍBIDA

Soube, via Lóbi, que foi abordada na Assembleia da República a questão do aumento de criminalidade violenta nos últimos meses em Portugal:
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"(...) Sobre o aumento da criminalidade violenta nos últimos meses, que foi discutida no parlamento com o primeiro-ministro, o deputado do Bloco de Esquerda destacou-se.
Enquanto Paulo Portas pedia mais polícias, que é o topo da demagogia quando se discute homicídios a soldo, Louçã convidou o primeiro-ministro a perseguir os mandantes dos crimes, nomeadamente “seguindo o dinheiro”..."
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É sempre assim: Quando se trata de perseguir a criminalidade indo pelo trilho do dinheiro, a polícia, ou quem manda nela, fica mareada. É por essas e por outras que encontrar o bin Laden é, de outra forma, impossível.O Louçã, temos de concordar, de vez em quando acerta no cravo.

2 comments:

António said...

Boa noite.
No passado Domingo fui, cerca das 22 horas dar uma volta pelo Porto. Entrei pela Ponte da Arrábida, Campo Alegre, Palácio da Justiça, Rua dos Clérigos, Avenida dos Aliados, Câmara Municipal, Mouzinho da Silveira, saí pelo tabuleiro inferior da Ponte D. Luis, marginal de Gaia, Devesas, Avenida de Gaia e apanhei novamente a A1 em Sto. Ovídio.
Neste trajecto todo, não vi um unico polícia. Nem a pé nem de carro.
Passei relativamente perto do local e da hora a que foi assassinado um homem, de forma violentíssima.
Caro Rui Fonseca, demagogia é dizer que temos muitos polícias.
Municipais e de dia a passar multas, temos. De noite a vigiar e a zelar pela segurança, não temos.

Rui Fonseca said...

Caro António,

Segundo dados que foram divulgados há já algum tempo recordo-me de ter visto que Portugal tem um número de polícias que está acima da média europeia.

Porventura, estão é mal distribuídos. Mas, como deve saber, temos outros casos de má distribuição.

Há um aspecto, todavia, que gostaria referir: Estive há bem pouco tempo na China, país onde a criminalidade não é elevada em termos percentuais, e o regime é totalitário, e não vi praticamente polícias na rua. Admito, porém, que eles andavam por lá.

Nos EUA, país que conheço relativamente bem, a presença de polícias não é muito notória. Deslocam-se sempre de carro e, em caso de problema, aparecem, geralmente, com grande rapidez.

Não sei, portanto, se a evidência da polícia nas ruas reduz a criminalidade.

O que sei é que a criminalidade que envolve grandes negócios sujos precisa de lavar o dinheiro de quie se apodera. Se a pista do dinheiro não está aberta à polícia, a polícia nunca mais deita mão aos criminosos.