Wednesday, December 12, 2007

A REVOLTA DOS DITADORES

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"Deputados do Grupo de Esquerda Unitária interromperam hoje, em Estrasburgo, a sessão plenária do Parlamento Europeu, antes e durante a intervenção do presidente do Conselho da UE, para exigir a realização de referendos ao Tratado de Lisboa (...) Em resposta ao protesto do Grupo de Esquerda Unitária, os eurodeputados das restantes famílias políticas aplaudiram de pé José Sócrates, que durante a sua intervenção afirmou que "por mais que muitos gritem, impedindo os outros de falar, esta é uma data fundamental da história europeia"...
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A autodenominada Esquerda Unitária é uma ala muito minoritária (41 membros) do Parlamento Europeu (781 membros). É constituída, nomedamente, pelos representantes do PCP e BE portugueses, cujas raízes democráticas estiolaram em terrenos do mais abominável totalitarismo. Pois são esses herdeiros de velhos ditadores que, não podendo impor-se pelos argumentos, tentam impor-se pelos berros.
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Mas os seus objectivos são claros: Reclamam a oportunidade de poderem berrar a sua demagogia e abalarem de vez os alicerces da União Europeia. A sua ânsia de palco é tanta que ultrapassa a razoabilidade do possível. Porque, por que carga-de-água competiria ao presidente da União em exercício decidir o que cabe, e apenas cabe, aos governos de cada um dos países membros decidir acerca do modo de ratificação do Tratado?
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O que mais espanta, contudo, no meio de todo este frenesim demagógico que encobre tentações de rebobinar a história, é a adesão aos mesmos gestos de gente que se diz liberal. Ou, talvez não:
afinal é nas esquinas que se encontram os contrários.

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