Saturday, December 22, 2007

EUA - UM PAÍS DE IMIGRANTES













São múltiplas, e sempre de difícil abordagem consensual, as questões levantadas pela Imigração . A globalização, que não é um facto novo mas que atingiu nas últimas décadas dimensões sem comparação no passado, veio colocar problemas diferentes daqueles que se observaram quando os fluxos migratórios encontravam nos países de destino grandes espaços atractivos com baixa densidade populacional. Hoje a força atractiva não é principalmente função do espaço disponível mas do diferencial de potencial económico, pelo menos como dele se apercebem os que imigram, entre o lugar de saída e o de entrada. Assim se explica, por exemplo, a inversão da corrente migratória entre Portugal e o Brasil, ou entre a França e a Argélia, entre a Alemanha e a Turquia, entre a Espanha e Marrocos. A globalização provoca alterações significativas na repartição do trabalho a nível mundial, ao mesmo tempo que determina deslocalização de actividades para a Ásia e a redução do emprego cria outras oportunidades de emprego que, raras vezes, os desempregados dos sectores deslocalizados têm capacidade (e às vezes interesse) em realizar.
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Essa alteração estrutural do emprego provoca, naturalmente, alarmes e protestos. Mas também reacções xenófobas, que podem constituir, se não forem prevenidas a tempo, o ninho onde se chocarão os ovos da serpente.
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Porque tudo é reversível mas os custos, muitas vezes, são dramáticos, o artigo que a seguir transcrevo, parcialmente, mas pode ser consultado na íntegra no Washington Post , é da mais perene actualidade e interesse para norte-americanos europeus.
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LOOK BOTH WAYS
The Right Road to America?
By Amy Chua
If you don't speak Spanish, Miami really can feel like a foreign country. In any restaurant, the conversation at the next table is more likely to be Spanish than English. And Miami's population is only 65 percent Hispanic. El Paso is 76 percent Latino. Flushing, N.Y., is 60 percent immigrant, mainly Chinese.
Chinatowns and Little Italys have long been part of America's urban landscape, but would it be all right to have entire U.S. cities where most people spoke and did business in Chinese, Spanish or even Arabic? Are too many Third World, non-English-speaking immigrants destroying our national identity?

For some Americans, even asking such questions is racist. At the other end of the spectrum, the conservative talk show host Bill O'Reilly fulminates against floods of immigrants who threaten to change America's "complexion" and replace what he calls the "white Christian male power structure."

But for the large majority in between, Democrats and Republicans alike, these questions are painful, with no easy answers. At some level, most of us cherish our legacy as a nation of immigrants. But are all immigrants really equally likely to make good Americans? Are we, as the Harvard political scientist Samuel Huntington warns, in danger of losing our core values and devolving "into a loose confederation of ethnic, racial, cultural, and political groups, with little or nothing in common apart from their location in the territory of what had been the United States of America"?

My parents arrived in the United States in 1961, so poor that they couldn't afford heat their first winter. I grew up speaking only Chinese at home (for every English word accidentally uttered, my sister and I got one whack of the chopsticks). Today, my father is a professor at Berkeley, and I'm a professor at Yale Law School. As the daughter of immigrants, a grateful beneficiary of America's tolerance and opportunity, I could not be more pro-immigrant.

Nevertheless, I think Huntington has a point.

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