Primeiro, o Governo disse que da resolução tomada pelo Banco de Portugal, não resultariam encargos para os contribuintes; não se iria repetir com o BES o que tinha acontecido com o BPN, os custos, se houvesse custos, seriam suportados pelos bancos.
Depois, o Governo admitiu que, sendo a Caixa Geral de Depósitos participante, e a maior participante, no Fundo de Resolução, parte das perdas, se perdas houvesse, reflectir-se-iam nas contas da Caixa, e, implicitamente,ainda que indirectamente, no OE, isto é, nos bolsos dos contribuintes.
Depois o PR, nunca se percebeu porquê, disse que não senhor, não é por haver rombos nas contas da Caixa que os contribuintes são lesados.
Mas são.
Depois anunciou-se que há 17 eventuais manifestantes de interesse na compra do Novo Banco. E que tanto interesse decorria do facto de ir ser criada, como nem por quem ainda não sabemos, uma blindagem que protegia os compradores dos ónus dos processos de litigância já anunciados ou a anunciar. Quem pagará o preço da blindagem que protege o comprador?
Ontem o presidente da APB (associação portuguesa de bancos*) disse no Parlamento - vd. aqui -, que
“O risco de litigância [contra a resolução do BES] nunca poderá afectar
os bancos” apelando à necessidade de “não fazer pagar o justo pelo pecador”.
Onde mora ele?
(A pergunta que faltou fazer).
* A partir de agora, APJ - Associação Portuguesa dos Justos.
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