Wednesday, January 28, 2015

PORTUGUESES MEGA PARASITAS


Repugnante é o adjectivo adequado salvo se houver outro mais pertinente que não me ocorre.

Um dos parasitas na compra dos submarinos declarou na Comissão Parlamentar de Inquérito ao BES que foi para pagar menos impostos que a Escom não declarou o negócio dos submarinos. Nada de novo: limitou-se a confirmar o que outro comparsa tinha dito antes no mesmo local semanas antes. Sonegaram ao fisco os resultados do golpe e esperaram que acontecesse a amnistia fiscal que o chefe da trupe tinha sugerido ao governo da altura. À sonegação de resultados chamaram "optimização fiscal à espera de uma solução para o assunto" . Se houve pagamentos a comissionistas, políticos ou outros para além dos nove amnistiados, todos dizem que não sabem. O que se sabe é que, relacionados com este caso, do lado alemão há presos por actos de corrupção activa e do lado de cá o processo judicial foi arquivado sem acusações. 

Não menos espantoso que esta pública, e até auto vangloriada falta de vergonha, e de justiça, é a ausência de legislação que previna e penalize duramente a obtenção de vantagens obtidas por particulares ocultos em negócios do Estado. O que é que o sr. Ricardo Salgado percebe de submarinos? Ou o sr. Bataglia, ou o sr. Luís Horta e Costa, ou o sr. Ferreira Neto, ou o sr. Miguel Horta e Costa, ou os  quatro espírito santos que foram juntados ao grupo? Obviamente, não percebem nada! 

Por que é que, então, o construtor alemão aceitou pagar pelo menos 27 milhões de euros a, pelo menos, nove ignorantes em matéria de submarinos? Só há uma explicação: há comissionista ou comissionistas ainda encobertos, aqueles que fizeram a agulha para o construtor alemão, e que os nove da vida airada não querem denunciar. Ao crime arquivado de corrupção passiva, reflexo do crime de corrupção activa que colocou os corruptores alemães na prisão, há enriquecimento sem justa causa, impune porque o parasitismo é, ao que parece, consentido por lei. 

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