De um Amigo, com dezenas de anos de experiência bancária, recebi o e-mail que transcrevo, dando conta de uma falha flagrante durante a interpelação parlamentar ao sr. Álvaro Sobrinho.
Afirmou o banqueiro angolano que "parte
substancial do passivo do BESA perante o BES terá sido aplicado em
dívida pública de Angola e que outra parte, também elevada, se teria
destinado ao apoio de exportações. portuguesas para Angola. Afirmou
também que os fundos nunca terão saído de Portugal."
"Na
Comissão de Inquérito da A.R. o Dr. Álvaro Sobrinho afirmou que parte
substancial do passivo do BESA perante o BES terá sido aplicado em
dívida pública de Angola e que outra parte, também elevada, se teria
destinado ao apoio de exportações. portuguesas para Angola. Afirmou
também que os fundos nunca terão saído de Portugal.
Ficou,
assim, a sugestão de que o BESA e o Dr. Alvaro Sobrinho nada têm a ver
com esta situação, conseguindo passar por entre os pingos da chuva, e
não lhe foi sequer posta qualquer questão explicativa porque é que os
fundos em questão nunca chegaram ao BESA (se acaso deveriam ter
chegado).
Quanto
ao investimento em dívida pública de Angola, e por razões que só o BESA
poderá saber, bastará que o BESA tenha ordenado ao BES (e este tenha
aceite) a aquisição no mercado secundário destes títulos, em nome do
BESA, debitando-o, como seu banco correspondente - neste caso, faltará
que o BESA reembolse o BES ou , pelo menos, ofereça garantias quanto a
esta dívida, inclusive os títulos adquiridos.
.
No
que se refere ao montante do apoio a exportações portuguesas referiu o
Dr. Álvaro Sobrinho que teria havido a abertura de créditos do BES para
esse apoio.
Na
forma tradicional de aberturas de crédito o importador (no caso
angolano) solicita ao seu banco (BESA) a abertura de crédito a favor do
exportador português para garantia do pagamento do bem ou serviço a
fornecer. Por sua vez, o BESA terá transmitido ao BES que confirme a
abertura do crédito, ficando responsável perante este último pelo
pagamento, desde que o exportador apresente ao BES a documentação previamente acordada.
Também
neste caso não haverá lugar a saída de fundos de Portugal;
haverá,outrossim, a saída de bens e serviços de Portugal e eventual
diferimento do pagamento da contrapartida monetária por parte do banco
que solicitou a abertura do crédito.
Resta
saber se os exportadores portugueses apresentaram ou não ao BES a
documentação contratada (trata-se de créditos denominados
"documentários"), se o BES chegou a liquidar aos exportadores e se o
BESA honrou o compromisso assumido - será irrelevante se o BESA recebeu
ou não do importador, porquanto é ele o responsável perante o BES.
Infelizmente,
nos lugares de topo deste grupo, como noutros, abundaram/abundam os
filhos-família, pais-família e até sobrinhos-família, e amigos-família
e, ainda políticos-família, sem preparação ou motivação para os lugares
que ocupam
Finalmente,
com tantos deputados qualificados na Comissão de Inquérito, tantos
comentadores económicos, políticos, autoridades de supervisão, etc.,
etc., - não é concebível que tenha passado em claro a afirmação de que o
dinheiro nunca saiu de Portugal, como se o BESA nada tivesse a ver com o
assunto e não saiba onde para o dinheiro..."
1 comment:
Gostei das bocas do Sobrinho, que fez daqueles putos parlamentares, gato-sapato.
Como Retornado, que aviso sempre que é mentira aquela boca dos«brancos enganavam e roubavam os pretos».
Aviso para ter cuidado, os «pretos é impingiam ao branco», vidro por diamnte.
Mas ninguem me ouve!
O Salgado ainda lhe ofereceram porrada em Luanda, segundo ele.
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