Saturday, December 13, 2014

ASSINOU DE CRUZ?

Pode-se ter tramado.
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Tenho visto algumas peças destacadas das audições parlamentares aos protagonistas do caso BES chamados até agora à Assembleia da República e lido comentários diversos, e concluo que a generalidade das indagações e das apreciações feitas conduzem ao cúmulo das culpas do fim do império Espírito Santo na pessoa do sr. Ricardo Salgado. Porque, é o sentimento geral, era ele quem tudo dominava e decidia. Logo, mais que culpado máximo, exclusivo culpado. Mas não é, não pode ser assim.

Não sou accionista, nem obrigacionista, nem, de qualquer forma cliente do BES, ou do GES,  ou de qualquer das suas ramificações, financeiras ou não. Aliás, anotei neste caderno várias vezes um  pressentimento de desconfiança latente relativamente a uma actividade que conseguia extrair lucros esfusiantes de uma economia anémica. Um ou outro banco mereceria, e merece, alguma indulgência da minha parte, mas não o BES, há muitos anos já.

De tudo o que vi, ouvi, e li, destaco uma intervenção do sr. Morais Pires que me parece dever ser soberana na apreciação das responsabilidades ilididas pelo sr. José Maria Rcciardi no seu ataque ao primo Ricardo: (cito de memória) "As actas e as contas eram assinadas por todos os administradores. As suas assinaturas são vinculativas das suas responsabilidades". Obviamente.
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Aplica-se a todos quantos assinaram, e se assinaram concordaram, os documentos relevantes das decisões das administrações de que faziam parte. O sr. Riciardi sabe que é assim e o primo Ricardo também. A invocação da ignorância ou do esquecimento pode iludir muita gente mas não deve iludir a Justiça. Nem confundir as responsabilidades dos administradores do BES, do GES, e de toda a teia tecida por eles, com as responsabilidades dos supervisores, no afundanço do GES.

O resto é conversa fiada.

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