"Vendas de carros reanimam-se e regressam à barreira dos 100 mil veículos. A recuperação contrasta com a trajectória negativa do mercado no conjunto da União
Europeia (uma queda forçada por dois gigantes do comércio de carros,
Alemanha e França). A compra de automóveis tem sido a principal
razão do crescimento homólogo do consumo de bens duradouros. E o aumento
da procura e de algum investimento dos particulares é uma das razões
que a Associação Nacional das Empresas do Comércio e
da Reparação Automóvel (ANECRA) encontra para
este comportamento do mercado. Mas também o “crescimento significativo
das vendas para rent-a-car num ano turístico muito bom”. (aqui)
Há quem veja nesta reanimação da procura de carros mais um sintoma de recuperação sustentada da economia. Há quem repare que o crescimento das compras de viaturas, à excepção das realizadas para "rent-a-car", não sendo sustentada pelo crescimento da economia - que voltou ainda a decrescer em 2013, apesar da evolução debilmente positiva observada na segunda metade do ano - só pode ter sido financiada, em geral, pela redução da poupança privada ou pelo aumento do crédito a particulares. Por outro lado, confirma que mesmo a mais ténue recuperação das expectivas dos portugueses se reflecte imediatamente na importação de bens duradouros.
Em qualquer caso, o crescimento da procura interna, seja ela em que for, não vem do lado daqueles que estão as ser vítimas das medidas de austeridade que o governo entende dever ser paga por quem menos contribuiu para as causas que lhe deram origem.
Em qualquer caso, o crescimento da procura interna, seja ela em que for, não vem do lado daqueles que estão as ser vítimas das medidas de austeridade que o governo entende dever ser paga por quem menos contribuiu para as causas que lhe deram origem.
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