Saturday, January 18, 2014

ARMADILHA USUROBANCÁRIA

Os grandes bancos norte-americanos estão a abandonar a prática de concessão automática de crédito  não solicitado (deposits advance) aos clientes com contas ordenado - vd. aqui - na sequência de regulamentação que, se não proíbe tal prática, a torna desinteressante para os bancos, que cobravam até agora taxas de juro muito acima dos valores correntes para empréstimos negociados.

Em Portugal, a generalidade dos extratos bancários de clientes com "domiciliação da conta ordenado", "pensão", "reforma" ou outro rendimento regular, apresentam ao lado do "saldo contabilístico", isto é, o saldo credor da conta do cliente, o "saldo disponível" que inclui a facilidade de crédito automática calculada em função da transferência mensal domiciliada. Esta prática bancária, como várias outras, foi, e continua a ser,  responsável pelo endividamento excessivo de muitas famílias sem que o Governo ou o Banco de Portugal tenham até agora desarmadilhado ou, pelo menos, desencentivado tais práticas. 

Talvez porque, se o fizessem, se revelaria imediatamente toda a dimensão dos créditos incobráveis com todas as consequências daí resultantes.

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