A pianista Gabriela Canavilhas, excelente pianista, reconheça-se desde já, lidera uma acção de obstrução da venda de 89 Mirós que o senhor Oliveira e Costa comprou por atacado quando era presidente do covil de ratos que se chamou BPN. Segundo as notícias, a campanha já conta com mais de 8000 aderentes.
Entende Canavilhas e Companhia que o lote representa um activo cultural de elevado retorno e a sua eventual saída para o estrangeiro uma perda que deve ser impossibilitada.
Se Canavilhas fosse ainda Secretária de Estado da Cultura e soubesse que 89 telas de Miró iriam ser leiloadas na próxima semana em Londres, cobriria em nome do Estado português todos os lances para trazer para Portugal aquele conjunto de obras? Acredito que não. Ninguém lhe toleraria tal loucura, salvo um reduzido número de lunáticos que as probabilidades estatísticas não dispensam.
É uma situação diferente, argumentará Canavilhas e Companhia.
Diferente em quê?
Financeiramente o resultado é o mesmo: seriam os contribuintes portugueses a pagar a extravagância de Canavilhas. Culturalmente, também: as obras voltariam a Portugal.
É por estas e por outras que nem temos governo nem oposição que precisaríamos.
2 comments:
triste termos pro governates que acham que o paintal/troika vão pagar todas as loucuras.
Tal e qual.
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