Não é a primeira vez, certamente não será a última, que os bancos portugueses se permitem declarar publicamente políticas que só podem ser entendidas terem sido concertadas, o mesmo é dizer que decorrem de acordos de cartel.
Hoje o presidente da CGD, o banco do Estado, afirmou que o novo imposto sobre os bancos poderá ser repercutido sobre os clientes. Evidentemente que o "poderá" do presidente da Caixa não pode ser entendido como o aviso de uma faculdade com cobertura legal. Os bancos podem, em economia de mercado, negociar com os seus clientes o preço das transacções que entenderem. O que não podem, porque nenhuma empresa sujeita às leis da concorrência pode, é ter a certeza da capacidade de repersussão dos custos que suporta sobre os preços que pratica.
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Não. O que o presidente do banco do Estado afirmou é que os bancos se estão a preparar para, coordenadamente, todos subirem os juros e encargos na medida do imposto extraordinário que vierem a pagar e cujo montante ainda é desconhecido e, muito provavelmente, variável com os lucros arrecadados por cada um deles. Inequívocamente, trata-se de uma clara demonstração de concertação de preços que, num país a sério, poderia conduzir os participantes na manobra à prisão.
Em Portugal, não. Dorme Manuel Sebastião.
Perguntar-se-á, ainda, porque razão se antecipou Faria de Oliveira, o presidente do banco do Estado, sapando as medidas do Governo que o nomeou?
Poderão existir várias razões. Eu só vejo uma: Faria de Oliveira já não joga no tabuleiro do actual Governo.
5 comments:
"poderia conduzir os participantes na manobra à prisão."
Preferivelmente, ao cemitério.
Ou a uma vala qualquer, em qualquer lado.
Que exagero, António!
E não acha um exagero o que estes ladrões todos fizeram a Portugal e aos portugueses?
Milhões e milhões, sem conta, foram parar aos bolsos e contas nos offshores destes gatunos todos e ainda diz que eu exagero? E nunca mais pára?
Ladrões e assassinos, porque há gente que passa fome e morre de tristeza, quando não pelo suicídio, por lhe estarem a tirar o pouco conforto que esperavam ter no fim das suas vidas. Agora até as miseráveis pensões vão ser sujeitas a tributação.Cortam e penalizam sempre do mesmo lado, aos mesmos, que do lado deles e dos amigos deles não tocam.
Portanto, caro Amigo, não me acuse de exagerado. A sorte deles todos é ser-mos um rebanho de mansos, porque se o não fôssemos, já eram. Ou, pelo menos, de cada vez que um deles abrisse a boca para dizer uma barbaridade daquelas, entrava-lhe logo uma coisa pela nuca dentro. Bastava que um ou dois experimentasse isso, já os outros tinham mais respeitinho.
Não há exagero nenhum.
Não há exagero nenhum em em fazê-los pagar com juros.
"Ou, pelo menos, de cada vez que um deles abrisse a boca para dizer uma barbaridade daquelas, entrava-lhe logo uma coisa pela nuca dentro"
Nem na China...
Nem na China?
Como é isso de o sr. Sebastião, que devia zelar pelos interesses dos consumidores portugueses fazer o que tem feito?
Já que falei de assassinos e você não acredita em mim, sugiro-lhe que tente saber quantos portugueses morreram durante o Inverno passado intoxicados por monóxido de carbono proveniente das brazeiras com que se aqueciam, por não terem dinheiro para ligar um miserável aquecedor eléctrico. Quantos velhotes vão para a cama ao escurecer, metendo os pobres esqueletos debaixo de um peso enorme de cobertores e mantas, para não gelarem?
Mas o sr. Sebastião e outros criminosos que tal, não dizem nada quando a empresa da luz dá 3 milhões do que nos esbulha para o seu amigo Idiota Pinho fazer um brilhrete, pois não? Não diz nada porque a tal empresa está a pagar os favores que um e outro lhe fizeram e continuam a fazer à nossa custa. Isso não é criminoso?
Vá anotando os que forem morrendo pelas condições que lhe falei e se quiser, pode juntar também aqueles que vão sofrer mais dres por não poderem pagar medicamentos ou deslocações de táxi ao centro hospitalar mais próximo, que o que tinham, fechou.
Entretenha-se e quando estiver frio, lembre-se do sr. Sebastião e C.ª.
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