Ouço na rádio que, após o round de hoje, continuam amanhã as negociações para que o OE 2011 passe na AR.
Acabará por passar porque é inevitável que passe. Mas passa mal. Poderia passar melhor? Continuo a pensar que não.
Quando Sócrates aceitou, inconscientemente confiante da sua autosuficiência, governar em minoria no meio de uma borrasca que ameaçava preceder uma tempestade infernal, e o PR aceitou dar-lhe posse sem alertar o País das mais que prováveis desastrosas consequências dessa vulnerabilidade governativa em circunstâncias que, mais do que em quaisquer outras, recomendavam o seu reforço, foram criadas as condições para a inevitabilidade do desastre.
E é essa autosuficiência do PM, que conduziu a esta guerrilha a feijões, que continua a comandar as suas intervenções públicas. Afirmando hoje para reafirmar amanhã o contrário, com o mesmo discurso empolgado que muita gente bebe sem dar pelo travo a contradição choca, Sócrates recusa-se a reconhecer que um dia destes, depois do OE 2011 passar na AR, terá de pedir a colaboração de um parceiro para chegar aonde se comprometeu.
Ao Fundo Europeu de Estabilididade Financeira e, por tabela, ao FMI. Apesar das recentes declarações em contrário do presidente do FEEF.
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