Luís Campos e Cunha escreve hoje no Público sobre "a década perdida" para enumerar os quatro principais factores que determinaram um crescimento débil da economia portuguesa (basicamente, não cresceu) e mesmo o seu decréscimo se a avaliação for feita em termos de rendimento nacional (que deduz ao produto o saldo dos rendimentos com o exterior):
- abertura das economias desenvolvidas à China e à Índia,
- entrada dos países de Leste na União Europeia,
- subida dos preços de petróleo,
- o Estado.
De realçar, desde logo, que Campos e Cunha não tenha incluido o euro, como muitos fazem, na lista de culpados.
De um modo geral, CC atribui a perda da década às políticas erradas, ou a ausência delas, que os governos adoptaram para o confronto com factores que não podíamos ter evitado (China, Índia, Leste Europeu, preços do petróleo) e à progressiva deterioração da solidez financeira do Estado.
Termina interrogando: E a próxima década será outra década perdida? Tudo estamos a fazer para que seja, responde.
O que deveríamos fazer, então, para que não seja?
Campos e Cunha, como tantos outros que elencam a lista de culpados, não adianta propostas.
Ficamos a saber que reprova o apoio que foi dado a empresas inviáveis, protelando os necessários ajustamentos na produção, e a aposta nas energias alternativas, e que faltam a Portugal condições de atractibilidade do investimento estrangeiro.
Muito bem. E, então, que fazer, Professor?
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