Há dias, considerava aqui como inacreditável (muito improvável) a compra da Europa pela China e pelos príncipes árabes prevista como uma inevitabilidade por Félix Ribeiro na entrevista de Teresa de Sousa para o Público uns dias antes.
A propósito da acumulação de reservas monetárias na China e Índia e da capacidade que elas permitem para adquirir posições empresariais nos países ocidentais endividados pode ler-se no Financial Times de hoje que indianos e chineses se mostram interessados na aquisição de um grupo canadiano de fertilizantes - Potash -, e um artigo que aborda os limites sociológicos em que as aquisições de empresas do Ocidente pelas economias emergentes se vão conter:
Resources are easier to buy than people*
Chineses e indianos, entre outros, preferirão posições em commodities e recursos agrícolas em países em vias de desenvolvimento e dificilmente entrarão em sectores dos serviços ou das tecnologias de ponta nos países desenvolvidos. Ainda assim, serão os indianos e não os chineses, pelo menos por enquanto, os melhor preparados para entrarem e gerirem sectores mais sofisticados no Ocidente. Aliás, há já hoje vários casos de posições de top management, sobretudo nos EUA, ocupadas por indianos.
Contudo, para comprarem a Europa, e os EUA, porque não?, vai um passo que lhes excede largamente a perna.
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Chineses e indianos, entre outros, preferirão posições em commodities e recursos agrícolas em países em vias de desenvolvimento e dificilmente entrarão em sectores dos serviços ou das tecnologias de ponta nos países desenvolvidos. Ainda assim, serão os indianos e não os chineses, pelo menos por enquanto, os melhor preparados para entrarem e gerirem sectores mais sofisticados no Ocidente. Aliás, há já hoje vários casos de posições de top management, sobretudo nos EUA, ocupadas por indianos.
Contudo, para comprarem a Europa, e os EUA, porque não?, vai um passo que lhes excede largamente a perna.
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*The summer flurry of mergers and acquisitions now includes a couple of big hostile bids - those by BHP Billiton for PotashCorp of Canada, and by South Korea’s national oil company KNOC for Dana Petroleum of the UK.
Given the patchy record of mergers and acquisitions generally, and the reluctance of many companies to go hostile for fear of upsetting the target company and undermining its value, it raises the question of whether these bids are worthwhile.
Actually, I think they may be, because energy and resource industry bids are significantly different from knowledge industry mergers such as the now-notorious AOL/Time Warner deal in 2000, which led to an factional battle within the merged company.
In these cases, BHP and KNOC are seeking resources rather than companies, and oil fields and fertiliser chemicals do not cause trouble the same way that people often do following mergers.
The cultural dangers in resources deals are smaller than in financial services or technology and media deals. Not all hostile bids upset the target.
2 comments:
Olha que não , olha que não...
Os chineses não vão " comprar" , os chineses vão absorver.
E isto porque têm uma vontade e um querer enquanto a Europa veio lentamente e , por falta de lideranças, a subordinar-se aos interesses dos U.S.A. e a transformar-se na " porta aberta" da terra onde cabem todos os foragidos, marginais e similares.
A Europa não sabe o quer nem defender-se. Veja-se o caso dos protestos ás medidas de Szarkozy para expulsar indesejáveis.
Logo apareceram os chamados defensores dos direitos humanos, que não dos roubados, assassinados e abusados a protestar.
A china não vai precisar de " comprar" , a compra ficará para as tecnologias de ponta .
"A china não vai precisar de " comprar" , a compra ficará para as tecnologias de ponta ."
Entretanto, ou a China já deu a volta e tornou-se democrática, ou a democracia implodiu no Ocidente.
Acredito que seja a China a mudar.
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