Ouço na Antena 1 que, apesar boom que a economia brasileira está a observar e que a levou já a ultrapassar a espanhola e a canadiana, ocupando agora o oitava lugar do ranking mundial ainda destacadamente liderado pelos EUA, a capital brasileira é objectivamente mais perigosa que Kabul, a capital afegã. A criminalidade violenta no Brasil mata mais do que a guerra no Afeganistão. Nos primeiros 6 meses deste ano, já morreram mais de 2 500 pessoas assassinadas na cidade do Rio de Janeiro, mais do dobro das vítimas mortais no Afeganistão.
Não pode, obviamente, deduzir-se desta comparação que a guerra do Afeganistão é, afinal de contas, uma escaramuça menor. Mas é, inegavelmente, uma medida da brutalidade que pode gerar-se no seio de uma comunidade onde o valor da vida humana está depreciado a um nível abaixo de um confronto civilizacional.
Num mundo onde a ferocidade e a estupidez humana não têm, frequentemente, limites, que esperança há para a sobrevivência dos outros seres vivos? Este ano, porque as águas estão mais quentes e as tartarugas se aproximaram da costa, as redes arrastaram e mataram um número anormal desses bichos que acabaram aparecer apodrecidas nas praias do Algarve. Poderiam ter sido poupadas? Não sei.
Mas sabemos que, para além das redes de pesca, a sobrevivência de muitos animais se encontra cada vez mais ameaçada pelo comportamento humano.
Depois de se eliminarem uns aos outros e destruirem as outras espécies vivas, quem sobreviverá à sanha destruidora dos homens? Os vírus e as bactérias?
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