Cravinho não poupa Governo nem o PR sobre a crise no Ministério Público... Também a eurodeputada Ana Gomes está "preocupada com o Estado de Direito" e apelou a uma intervenção de Cavaco Silva e da Assembleia da República...
Sobre a possível demissão do procurador-geral da República, Pinto Monteiro, Cravinho não quis tecer comentários, pois considera que esse trabalho deve vir do Presidente da República e do Governo, "assumindo as suas responsabilidades numa crise gravíssima da justiça, e fazendo a avaliação das condições em que se encontra o procurador"...
...De igual modo, a eurodeputada Ana Gomes disse ao PÚBLICO que Cavaco Silva e o Parlamento deviam pronunciar-se sobre a crise na justiça. "O problema não é só dos titulares do Ministério Público (MP). Os problemas vêm desde os casos Casa Pia, Portucale e dos submarinos, que demonstram que a justiça é disfuncional", disse.
... a eurodeputada defende que Pinto Monteiro e Cândida Almeida "deviam tomar a iniciativa de se demitir" ou então, "os responsáveis políticos ponderarem qual é a credibilidade deles, sendo que o MP já bateu bem no fundo".( in Público)
O senhor engenheiro Cravinho é engenheiro mas se ler a Constituição concluirá facilmente que, de entre as competências do PR, a alínea m) do artº. 133º. atribui-lhe a nomeação e a exoneração, sob proposta do Governo, do presidente do Tribunal de Contas e do Procurador-Geral da República.
A senhora deputada europeia Ana Gomes, é licenciada em Direito. Não ignora, certamente, o que estabelece a Constituição a respeito da eventual exoneração do PGR.
Por que razão, sendo ambos membros destacados do PS, não fazem o que devem: recordar ao senhor PM aquilo que ele sabe: que o MP já bateu bem no fundo?
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Por que razão entram, também eles, no jogo da cabra-cega?
Para distrairem a assistência.
Para distrairem a assistência.
Porque ambos sabem bastante bem que qualquer mensagem do PR, neste momento, desfavorável ao PGR e à directora do DCIAP seria entendida como uma desconfiança relativamente ao desfecho do processo Freeport que anulou completamente quaisquer dúvidas que pudessem existir quanto ao envolvimento do actual PM no imbróglio.
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