Ouço na Antena 1, esta manhã, citando o Público, que durante os últimos dois anos foram dissolvidas mais de 78 mil empresas e criadas 65690, o que se traduz numa redução superior a 12000 empresas. Mais adiante ficamos a saber que o Governo prepara fim das formalidades de licenciamento da maioria dos pequenos negócios.
Admite-se que uma parte das empresas formalmente extintas há muito que teriam deixado efectivamente de existir e que a legislação introduzida em 2008 terá facilitado o reconhecimento dessa realidade. Muito elucidativa da realidade micro-empresarial portuguesa é a comparação do número de empresas registadas no fim de 2009 (598 mil) com o número daquelas que prestaram contas (375 mil), das quais 15 mil não tinham capital social.
Percebe-se a intenção de facilitação do Governo da formalização de novos pequenos negócios. Já não se percebe, contudo, é a contemporização com situações que, sendo formalmente enquadradas na economia legal exercem, realmente, as suas actividades em economia paralela.
Porque a economia paralela é, reconhecidamente, um dos principais factores de subsistência do subdesenvolvimento económico.
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