For a long time, scientists and curators have wondered how da Vinci created shadows on her face with seemingly no brushstrokes or contours. Art experts call this shadowing technique sfumato—like the Italian word for smoke, fumo. Experts have long suspected sfumato shadowing has something to do with the glazes that da Vinci used above the paint layer. But proving this has been difficult because snatching a sample of the Mona Lisa’s face for chemical analysis is, unsurprisingly, frowned upon.
Durante três anos (1503-1506) Leonardo esteve ocupado a convidar a mulher do florentino Francesco del Giocondo para o seu atelier para tentar retratar o seu sorriso melencólico e a expressão misteriosa do seu rosto. A estas sessões, Leonardo mandava vir músicos que ainda acentuavam a expressão melancólica do seu rosto. Neste processo, ele conseguiu o sorriso mais famoso da história da pintura. Houve histéricos que diante dele se suicidaram a tiro.
Mas talvez a Gioconda, que se tornou famosa sob o nome de Mona Lisa , também sorrisse ironicamente sobre um segredo do pintor: Leonardo era homosexual e tinha uma tara que interessou muito a Freud: ele era incapaz de acabar uma obra. A Mona Lisa não foi excepção, e assim Leonardo também foi ficando com este quadro a pretexto de ainda não estar acabado.
(Dietrich Schwanitz)
.
Este voyeurisme tecnológico retira magia à obra ou ao objecto escrutinado. Desvenda-se o truqe e o encanto da ilusão é perturbado. Desde o scanning de múmias egípcias até às obras de arte mais admiradas, estes paparazzi não perdem pitada para olhar lá para dentro e esventrar os mistérios que os séculos ou os milénios tinham recoberto de um certo sfumato de encanto.
E para quê? Alguém aproveitará a técnica de Leonardo para recriar uma outra Gioconda? É óbvio que não.
O génio da originalidade não se recompõe juntando as peças separadas. A vida não é um lego, é uma evolução. E a emoção extrema que Mona Lisa pode provocar não é, seguramente, resultado apenas, ou sequer sobretudo, do sfumato que Leonardo criou.
Idêntica reacção experimenta-na algumas pessoas perante, por exemplo, um quadro de Rothko, sem qualquer identificação com Leonardo, a não ser na sua pretensão de genialidade absoluta.
"Se não é possível atribuir significações precisas aos quadros de Rothko, porque é que eles parecem encerrar todo o sentido do mundo? Diante deles as pessoas rebentam em lágrimas, sem que as lágrimas tenham um significado claro. Rebentam em lágrimas de êxtase:a emoção tornou-se forte demais para um pequeno corpo; a visão demasiado intensa, demasiado vasta, demasiado para além do visível e do visto."
(José Gil - "Sem Título" - Escritos sobre arte artistas)
No comments:
Post a Comment