Há dias era o presidente da Carris a reclamar publicamente a situação do passivo galopante da empresa, mais de 900 milhões de euros, quase qualquer coisa como o preço dos dois submarinos, segundo as contas do jornalista feitas aqui.
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A unidade de medida geralmente utilizada nestes casos é aquela que está mais à mão: neste caso, o primeiro dos dois submarinos que assegurarão a nossa soberania nos mares apresentou-se timidamente esta semana no Cais das Colunas.
Hoje, em entrevista concedida ao Expresso, o presidente das Estradas de Portugal, uma empresa que tem uma única receita relevante - uma parte do imposto sobre produtos petrolíferos - que é insuficiente para cobrir os custos, afirma Almerindo Marques, recebeu 600 milhões de euros mas o investimento anual é de 1000 milhões. Como as portagens ainda não foram introduzidas, o que permiria reduzir o défice, no fim do ano, se nada for feito, a dívida atingirá os dois mil milhões de euros.
Ou seja, aplicando a mesma unidade de medida, quatro submarinos.
Dois e quatro, e mais dois, oito submarinos, não contando com vários outros imersos mas de periscópio visível à vista desarmada.
E ainda há quem diga que temos mais almirantes que vasos de guerra.
Não sabem contar.
Não sabem contar.
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