A Alemanha quer o euro porque quer redesenhar o mapa monetário mundial. A China quer o euro porque não quer ficar sozinha com os EUA. Portugal, para sobreviver, vai ter de tirar partido da globalização. No cenário, optimista, de a globalização sobreviver à crise.
Outras previsões aqui
4 comments:
Amigo Rui
Li e gostei!Uma análise clara dos mecanismos da financeirização da economia. Os cenários para economia portuguesa fazem parte de um documento do DPP de que o FR fez parte e são interessantes mas, como ele diz têm de ir sendo permanentemente ajustados. Mas a conclusão de que precisamos é de atrair investimento e que não vale a pena pensar em grandes infra-estruturas se não estivermos ao mesmo tempo a trabalhar para atrair os investimentos que precisam delas é a visão correcta.
A aproximação a estados entersticiais com pouca base territorial mas que precisam das infraestruturas para se ligarem ao mundo é uma visão interessante.
O fim da entrevista é optimista que é do que estamos a precisar. Não achas?
Abç
L
Olá Luciano,
É, sem dúvida, interessante.
Ainda que algumas afirmações sejam, no mínimo, confusas:
Por exemplo, quando diz que a Alemanha foi força da a aderir ao euro e mais adiante que a Alemanha não sairá do euro a não ser que seja forçada.
E que o euro não é uma resposta europeia à globalização. E a União Europeia?
A União Europeia, herdeira do Mercado Comum Europeu, foi criada quando as questões da globalização eram ainda subalternas.
Mais adiante avisa que a Europa vai ser comprada pela China e pelos principes árabes. O que é uma afirmação que merece as gordas do artigo. Mas isso é o que diz o homem da rua. O Félix tem obrigação de dizer isto de outra maneira, não?
Rui
Voltei a ler a entrevista e , acredita, que desta segunda vez ainda gostei mais.
As grandes linhas:
- Compreender a estratégia alemã:
- Compreender a crise de 2008;
- Cenários para a economia portuguesa.
Dão-nos uma visão coerente e fundamentada da economia mundial.
Os cenários para a economia mundial são objeto de um trabalho disponível no site do DPP que recomendo
http://www.dpp.pt/pages/pub/electronico.php?cod_per=7&cmr=7&cm=2
Quanto às questões que levantas acho que sobre a Alemanha e o euro julgo que a ideia base é da ambição alemã de redesenho do mapa monetário mundial numa base tripartida: dólar, euro e yuan daí que a saída da Alemanha do euro seja uma questão que não se põe, a menos que os restantes parceiros optem por acabar com ele.
A compra da Europa pelos árabes e chineses, será a saída inevitável para as economias que não podem ser declaradas insolventes.
Abç
L
"Voltei a ler a entrevista e , acredita, que desta segunda vez ainda gostei mais."
Meu caro Luciano,
Gostos, dizem, não se discutem. Embora eu pense que muitos sejam discutíveis.
Não li o documento do DPP. Pela entrevista em si não fiquei assim tão impressionado.
Quanto à compra da Europa pelos chineses, é uma ideia elementar.
O mesmo se pode dizer dos EUA. Afinal de contas os chineses ainda preferem os dólares e acumuralam biliões deles, e continuam.
Até quando, e como?
Félx não diz. E era isso que eu penso que seria importante que nos dissesse.
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