Saturday, February 23, 2013

CUBA LIVRE

Um popular ouviu a notícia "Ministério Público acusa Governo da Madeira do Crime de prevaricação" e comentou para o lado: Isto é tudo uma pessegada. O gajo até já se vangloriou de ter enganado propositadamente as Finança porque o Sócrates não lhe queria dar a guita que lhe faltava para poder fazer uma data de inaugurações antes das eleições!
E é, realmente assim. Por que é que só agora o MP anuncia que vai acusar, porque ainda não acusou e entretanto a direcção do DCIAP ficou vaga, quando o conhecimento público dos factos já conta largos meses, e o próprio A J Jardim, também publicamente, confirmou e justificou o objectivo da prevaricação com o intuito de enganar o governo da República a bem do governo Regional?
Aliás, não é segredo para ninguém que, em matéria de prevaricações impunes, o senhor Alberto João Jardim detem um folgado recorde na matéria, não só porque é useiro e vezeiro na prática, mas tam bém porque é imbatível no número de anos que já leva no exercício do cargo.
Quem parece ter ouvido a notícia pela primeira vez foram os líderes do CDS e do PS madeirenses: o primeiro vai apresentar moção de censura no parlamento regional e pedir a formação de um governo de emergência regional, formado por tecnocratas não alinhados partidariamente; o segundo pede ao PR que dissolva a Assembleia Regional e convoque eleições. Como o PSD Madeira não dispõe de maioria absoluta na AR, se os partidos da oposição se entenderem e a moção for aprovada o que é que acontece à coligação do governo da República? Nada, é improvável.
Mas mais do que os recorrentes mistérios do MP e as reacções serôdias do CDS e PS da Madeira, são as mirabolantes declarações do senhor deputado Guilherme Silva que ficarão para história da jurisprudência popular portuguesa: o senhor Alberto João Jardim não será sequer julgado porque muitos outros cometeram actos idênticos sem que alguma vez alguém se tenha lembrado de os incriminar. Isto é: enquanto houver um gabiru à solta não há precedente que justifique a penalização de qualquer outro. Corolário: os gabirus são inimputáveis.
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Correl. - Ministério Público investiga fundação presidida por A J Jardim

2 comments:

Anonymous said...

" enquanto houver um gabiru á solta...". A coclusão que o Sr. tira é enganosa e contem um salto a que se chama manipular.
Na realidade, o que se trata é de estando todos os gabirus sem serem incriminados porque se incrimina um?
Para teatralizar e mostrar que a justiça funciona? É como no caso do gestor da Oliva escolhido para ser preso enquanto dezenas ou centenas de milhar de outros empresários com dividas á Segurança Social nem incriminados foram? De facto no meio do lodo e podridão há sempre uns numeros de ilusionismo para fazer crer que há justiça. Grave é que pessoas aparentemente intiligentes se deixem enganar ou tambem queiram enganar.

rui fonseca said...

Obrigado pelo seu comentário.

No entanto, pode confirmar que eu não defendi que seja preso um gabiru para remissão das patifarias de todos os outros. O que não é de todo tolerável é que alguém defenda com sentido de justiça é que este, seja ele qual for, não deve ser acusado e condenado porque outros também não foram.