Anteontem, Martin Wolf no Financial Times - Paul Ryan´s plan for America is note credible - já tinha rebatido a ideia que Ryan, o candidato a vice-presidente dos EUA em Novembro imposto a Romney, não é o homem honesto que reclama ser. Em abono da sua afirmação, Martin Wolf cita depoimentos insuspeitos do lado republicano, além do menos insuspeito, a este respeito, Paul Krugman.
Krugman tem vindo a denunciar, naquele modo de reagir oportuno e geralmente contundente, na sua habitual coluna no New York Times as incongruências de um plano que não são apenas políticas mas também aritméticas.
Em "Un unserious man" datado de ontem, e que no momento em que o começo a ler conta com 261comentários e quando termino está já com 559, Krugman prevê daqui até às eleições um inevitável debate renhido sobre a política fiscal dos EUA. Inevitável, porque Ryan, a eminência parda do Tea Party congregou à sua volta a popularidade que hoje desfruta nos meios conservadores porque decidiu que era Honesto e um Conservador Sério, e que as sua suas propostas devem ser merecer consideração mesmo da parte de quem não goste dele.
Mas, garante Krugman, nem Ryan é honesto nem as suas propostas têm merecimento.
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"Do lado da receita fiscal, o senhor Ryan propõe grandes cortes nos impostos dos mais ricos e das empresas. O Tax Policy Center calcula em $4,3 triliões (1 trilião=1 milhão de milhões) as perdas de receitas resultantes desse corte ao longo de uma década. Do lado da despesa, o senhor Ryan propõe cortes na ""Medicaid", poupando $800 biliões, redução do apoio em alimentos aos mais pobres, poupando $130 cerca de 130 biliões, outras reduções, incluindo a redução de ajudas a estudantes. Tudo junto, estas poupanças não excederão $ 1trilião de dólares
Em cima disto, Ryan inclui mais $716 biliões de poupanças em Medicare, uma parte do programa "Obamacare", ainda que a sua intenção seja acabar com ele. Apesar disto, Ryan juntou-se a Romney denunciando o Presidente Obama de estar a cortar o "Medicare"... É demais em tão curto espaço de tempo. Portanto, para cortes nos impostos de $4,3 triliões, Ryan não conta mais do que $1,7 triliões de poupanças, com a particularidade de os cortes de impostos beneficiarem desproporcionalmente os 1% mais ricos, e o défice agravar-se-ia em $2,5 triliões de dólares. Ryan reconhece que seria um défice falcão, e adianta que seriam necessários outros cortes mas recusa-se a identificá-los"
"É notório que o "Medicare" vai ser o prato forte da campanha e que aos republicanos não repugnará repetirem as acusações a Obama, feitas durante a campanha das eleições intercalares em 2010, de fazer algumas reduções que são parte do plano Ryan."
"So will the choice of Mr. Ryan mean a serious campaign? No, because Mr. Ryan isn’t a serious man — he just plays one on TV."
Krugman tem vindo a denunciar, naquele modo de reagir oportuno e geralmente contundente, na sua habitual coluna no New York Times as incongruências de um plano que não são apenas políticas mas também aritméticas.
Em "Un unserious man" datado de ontem, e que no momento em que o começo a ler conta com 261comentários e quando termino está já com 559, Krugman prevê daqui até às eleições um inevitável debate renhido sobre a política fiscal dos EUA. Inevitável, porque Ryan, a eminência parda do Tea Party congregou à sua volta a popularidade que hoje desfruta nos meios conservadores porque decidiu que era Honesto e um Conservador Sério, e que as sua suas propostas devem ser merecer consideração mesmo da parte de quem não goste dele.
Mas, garante Krugman, nem Ryan é honesto nem as suas propostas têm merecimento.
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"Do lado da receita fiscal, o senhor Ryan propõe grandes cortes nos impostos dos mais ricos e das empresas. O Tax Policy Center calcula em $4,3 triliões (1 trilião=1 milhão de milhões) as perdas de receitas resultantes desse corte ao longo de uma década. Do lado da despesa, o senhor Ryan propõe cortes na ""Medicaid", poupando $800 biliões, redução do apoio em alimentos aos mais pobres, poupando $130 cerca de 130 biliões, outras reduções, incluindo a redução de ajudas a estudantes. Tudo junto, estas poupanças não excederão $ 1trilião de dólares
Em cima disto, Ryan inclui mais $716 biliões de poupanças em Medicare, uma parte do programa "Obamacare", ainda que a sua intenção seja acabar com ele. Apesar disto, Ryan juntou-se a Romney denunciando o Presidente Obama de estar a cortar o "Medicare"... É demais em tão curto espaço de tempo. Portanto, para cortes nos impostos de $4,3 triliões, Ryan não conta mais do que $1,7 triliões de poupanças, com a particularidade de os cortes de impostos beneficiarem desproporcionalmente os 1% mais ricos, e o défice agravar-se-ia em $2,5 triliões de dólares. Ryan reconhece que seria um défice falcão, e adianta que seriam necessários outros cortes mas recusa-se a identificá-los"
"É notório que o "Medicare" vai ser o prato forte da campanha e que aos republicanos não repugnará repetirem as acusações a Obama, feitas durante a campanha das eleições intercalares em 2010, de fazer algumas reduções que são parte do plano Ryan."
"So will the choice of Mr. Ryan mean a serious campaign? No, because Mr. Ryan isn’t a serious man — he just plays one on TV."
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