Advogado do Estado queixou-se de falta de informação do Governo no caso dos submarinos
Ministério Público arquiva investigação sobre Bernardo Ayala
PGR vai questionar Governo sobre documentos dos submarinos quando regressar de férias
Portas desvaloriza e diz que notícias sobre os submarinos emergem e submergem
Actual Ministro da Defesa desconhece se há documentos desaparecidos
Antigo Ministro da Defesa, Severiano Teixeira, diz ter respondido a todas as solicitações do Ministério Público
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Ministério Público arquiva investigação sobre Bernardo Ayala
PGR vai questionar Governo sobre documentos dos submarinos quando regressar de férias
Portas desvaloriza e diz que notícias sobre os submarinos emergem e submergem
Actual Ministro da Defesa desconhece se há documentos desaparecidos
Antigo Ministro da Defesa, Severiano Teixeira, diz ter respondido a todas as solicitações do Ministério Público
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Tenho os poderes da Raínha de Inglaterra, garantiu há dois anos o senhor PGR Pinto Monteiro. Se isto acontecesse numa sociedade onde a dignidade pessoal e a do cargo fosse um valor estimado, o senhor juiz conselheiro Pinto Monteiro ter-se-ia demitido após ter declarado a sua impotência ou quem o nomeou tê-lo-ia demitido. Não aconteceu nem uma coisa nem outra porque vivemos numa sociedade moralmente falida.
A continuidade do senhor juiz conselheiro à frente do Ministério Público tem prolongado a permanência em estado comatoso da justiça em Portugal. O processo dos submarinos é exemplar da indignidade a que chegaram os agentes da justiça. Passados nove anos sobre os acontecimentos, quase oito anos sobre a coincidência de depósitos de um milhão de euros em contas do CDS, oito meses depois da justiça alemã ter condenado dois gestores por suborno na venda dos submarinos a Portugal, o MP volta a promover as audiências dos media com mais uma notícia que é tão surprendente quanto será inconsequente: desapareceram documentos do processo, diz o Ministério Público, procurem bem que eles devem lá estar, garante um ex-ministro da Defesa, respondi a tudo quanto o MP solicitou afiança outro ex, o actual desconhece se há documentos desaparecidos. Em cima da barraca senta-se o PGR, que promete questionar o Governo quando voltar de férias. Inacreditável.
Ciclicamente, o Ministério Público abana a opinião pública com declarações bombásticas que acabam por morrer na praia. Até agora, nenhum dos processos mais mediáticos foi concluido com a condenação dos suspeitos. Entretanto, a opinião pública condenou a generalidade dos arguidos no tribunal vesgo da justiça popular.
Ninguém vai preso nem ninguém é demitido.
E rimo-nos da nossa imbecilidade colectiva contando a propósito anedotas recicladas.
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