RECONHECIDAMENTE INCOMPETENTES

"Banco de Portugal quer ouvir auditora que certificou contas do BPN nos últimos anos.

O órgão de supervisão quer saber por que razão a BDO não detectou ou não revelou irregularidades que estavam a ser cometidas pelo banco agora nacionalizado."

in Público de hoje

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Lê-se e não se acredita. Se a notícia tem fundamento, o Banco de Portugal, e muito principalmente o seu governador, confirmam o que já se sabia: que a intervenção da supervisão do BP, a única responsabilidade operacional que lhe resta, depois de ter manifestado evidente incapacidade para realizar aquilo que devia, continua a dormir o sono dos drogados.

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Porque não há razão imaginável que possa justificar tão elevado grau de inépcia dos supervisores, a não ser que se suponha que eles estavam, e continuam a estar, subordinados aos efeitos de sobredoses de soporíferos. Se já era difícil perceber como é que nada tenha estremecido no paquiderme enquanto se formava à sua frente o buraco que já excede os 1,8 mil milhões de euros, a declaração de agora excede tudo quanto um cidadão comum possa perceber de cartomância financeira. Pois se há tanto tempo se sabe que nem livro de actas do conselho de administração havia porque espera o sr. governador e seu séquito para perguntarem a quem tinha obrigação de, pelo menos, saber onde estava o estupor de tal livro e tirar da manifesta ausência de conhecimento as consequências devidas?

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O senhor governador tem dito que a supervisão não pode ...

Senhor governador, não pode sequer saber onde param as actas? Perguntou a alguém por elas?

Evidentemente, quem não sabe sequer do livro das actas não saberá, certamente, de mais coisíssima nenhuma.

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Para que queremos polícia coxa, surda e muda? Melhor seria não ter polícia nenhuma porque desse modo cuidaríamos das alternativas que nos reduzissem os riscos. O pior sistema de segurança é aquele que supomos que exista, mas não existe.