"Sabe que em Portugal não se produzem morangos suficientes para abastecer só uma das cadeias da Jerónimo Martins, a Pingo Doce?
Há muita coisa que se podia fazer, muito dinheiro que Bruxelas envia e podia ser mais bem utilizado, e até temos bons exemplos de como algumas regiões conseguiram mudar para muito melhor. Basta lembrarmo-nos de como no Douro surgiram tantos bons vinhos e qualidade mundial"
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"Ainda ninguém me explicou por que foi (a Caixa) comprar a Compal, em vez de apoiar, por exemplo o associativismo agrícola, onde podia ter um papel muito importante"
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"Os portugueses são individualistas, alguém tem de forçá-los a juntarem-se. Aí valeria a pena por dinheiro. O que não se pode é fingir que se combate a crise tentando salvar empresas que se comportaram de forma irresponsável."
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"Consigo perceber que uma empresa de confecções que só trabalhava para a Zara possa fechar quando a Zara deixa de fazer encomendas. O que não consigo perceber é que se fique refém de um só cliente e não se tenha um rebate de consciência quando se mandam os trabalhadores para casa. Isso é que não pode ser"
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Soares dos Santos, em entrevista ao Público de hoje, a propósito da criação de um fundação para fazer estudos que permitam discutir o futuro do país.
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