Já aqui tinha comentado o criticável comportamento da CGD, e nomeadamente a compra generosa de uma participação de quase 10% do capital da Cimpor a um preço superior em 25% ao das cotações actuais da cimenteira. O negócio tem sido comentado pelos diferentes quadrantes políticos e foi hoje abordado no Parlamento durante a sessão de audição do Governo.
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O PM desviou-se do assunto dizendo-se não informado e sem nenhuma obrigação de o ser. O Ministro da Finanças, não podendo dizer o mesmo, chutou desastradamente para canto afirmando que a Caixa, se não tivesse realizado o negócio, que lhe custou mais 65 milhões de euros relativamente às cotações da Cimpo em bolsa, seria obrigada a escriturar perdas que lhe reduziriam a matéria colectável e a sua contribuição em sede de IRC para os cofres do Estado.
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Dito por outras palavras, as palavras do ministro querem convencer-nos que ganharam todos com o negócio: O vendedor, que encaixou 65 milhões; a Caixa, que deixou de ter perdas; o fisco, que encaixará mais IRC.
Um achado digno do próximo Nobel.
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Sócrates garante que o Governo "não dá orientações em concreto à CGD"
O primeiro-ministro, José Sócrates, disse na Assembleia da República que "este Governo não dá orientações em concreto à Caixa Geral de Depósitos (CGD)", sendo que a única orientação que deu "foi para a Caixa dar mais crédito às pequenas e médias empresas (PME)".
O primeiro-ministro, José Sócrates, disse na Assembleia da República que "este Governo não dá orientações em concreto à Caixa Geral de Depósitos (CGD)", sendo que a única orientação que deu "foi para a Caixa dar mais crédito às pequenas e médias empresas (PME)".
1 comment:
Uns esquecem-se dos papeis que assinaram, outros dão explicações no minimo mirambolantes, outros estavam distraídos, outros têem sobrinhos ricos na Suíça, primos na China, outros assumem a sua outra nacionalidade quando a coisa aperta e lá vamos cantando e rindo, levados, levados sim, até onde?
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