Segundo as notícias - vd. aqui - o Banco de Portugal deverá indicar hoje o Lone Star Funds para comprar o Novo Banco. Os chineses que se tinham posicionado com melhor oferta viram as suas pretensões frustradas pelo partido, e o Lone Star Funds é menos mau que o terceiro da short list de três que tinha embandeirado à partida com dezassete interessados. Pagará, não sabemos como nem quando, 750 milhões pelo que sobra do que chegou a ser, segundo a tabela então em uso, o terceiro maior banco português.
Como para o Fundo de Resolução, uma coisa que ninguém sabe o que resolve mas que sabemos que vai resolvendo aumentar a dívida pública portuguesa, já entraram à volta de quatro mil milhões de euros, e o sr. ministro das Finanças imita os seus antecessores afirmando que "os contribuintes portugueses não serão prejudicados porque serão os outros bancos quem paga a conta" (cabendo à Caixa Geral de Depósitos a parcela maior) não se percebe como é que os outros bancos se dispõem a pagar a sobrevivência de um concorrente que uma organização com as características do Lone Star Funds se prepara para agarrar e espremer o que lhe puder dar.
Porque, ninguém tenha dúvidas, o Lone Star Funds, se ficar com o NB, vai fazer dele o que faziam os ciganos aos burros quando os burros eram negócios de feira para os ciganos: compravam numa feira, escovavam o animal, e vendiam-no como novo na feira seguinte.
O que o Banco de Portugal demonstrou ao longo de todo este e dos outros processos foi a sua incapacidade para evitar a degradação dos casos e dos escândalos que a sua incapacidade ou incompetência tinham consentido.
O que os bancos portugueses demonstram com a sua apatia perante o que se passa é que não contam dar um cêntimo para o peditório chamado Fundo de Resolução.
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