Friday, February 12, 2010

SOL E SOMBRA

Chegam-nos as notícias através da Internet e a sensação estranhamente incómoda de nos encontrarmos em casa.
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No tempo em que as telecomunicações se faziam por telefone com pedido de chamada internacional para a central, onde a operadora se encarregava das cavilhas e nos poderia fazer esperar umas horas, o país estava longe, mesmo que se estivesse a meia dúzia de quilómetros dele, e o regresso era sempre uma alegria mesmo que as notícias que se começavam a sintonizar junto à fronteira confirmassem que a Oeste nada de novo.
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Agora, se a curiosidade é mínima, estar a cinco fusos horários de distância ou a umas dezenas de quilómetros do Terreiro do Paço a imersão na peixeirada que tem caracterizado a vida política em Portugal, é a mesma. Até cá chega o cheiro.
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Quando tudo recomendava que houvesse decência e bom comportamento porque os tempos estão complicados, a justiça, sempre ela, consente toda a iniquidade e toda a desfaçatez. O estado de direito desfaz-se perante a complacência e a pusilaminidade dos seus mais altos dignatários, inimputáveis, inamovíveis, irresponsáveis.
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Ninguém se salva porque todos parecem apostados em arrastar-nos para o naufrágio colectivo.

2 comments:

António said...

Bem vindo ao buraco!

rui fonseca said...

Daqui a uns dias.
Obgdo