por H. Neto, Medina Carreira, J. Salgueiro e Campos e Cunha
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(...) o produto registou um crescimento anual médio de apenas de 0,3% (2001 a 2009);
a dívida pública bruta aproxima-se dos 80% e
a total, directa e indirecta, terá subido de 88% para 100% do PIB (de 2005 a 2009) e
o endividamento externo líquido de 38% para 104% do PIB (entre 2000 e Junho de 2009);
o nível de fiscalidade ronda já os 38% do PIB (2008), correspondendo-lhe um dos mais elevados esforços fiscais da União Europeia, para o nosso nível de desenvolvimento;
a taxa de desemprego, da ordem dos 4% em 2000, situava-se nos 7% em 2005 e excede os 10% actualmente.
(...) se projectássemos a políticas prosseguidas, chegaríamos a 2015 com resultados das seguintes ordens de grandeza:
1) Despesa pública total, 55% do PIB (43% em 2000);
2) Dívida pública total (directa e indirecta), 125% do PIB;
3) Despesas com pessoal e as prestações sociais equivalentes a 87% da despesa primária (70% em 2000 e 75% em 2009);
4) Nível de fiscalidade de 46% do PIB, para um défice de 3%;
5) Dívida externa líquida correspondente a 175 % do PIB.
(...) O consenso partidário deve servir para novas políticas com base: numa estratégia em que a ética do bom governo esteja na primeira linha das preocupações nacionais; no hábito, entretanto perdido, de vivermos de acordo com os nossos recursos; na prossecução de reformas estruturais, sempre prometidas e sempre adiadas; na moralização da vida pública, como condição para pedir aos portugueses os sacrifícios adicionais agora inevitáveis.
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