Há dias coloquei aqui a hipótese de haver um efeito "rebanho" que justifica o alinhamento das sondagens publicadas das intenções de voto, procurando, deste modo, uma explicação palusível para o erro que todas, sem excepção, cometeram nas sondagens para as europeias.
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Ontem, durante um programa da Sic notícias em que a questão da fiabilidade das sondagens era discutida, ouvi a um dos intervenientes comparar o alinhamento das sondagens com o alinhamento dos valores dos combustíveis anunciados com 8 quilómetros de antecedência nas autoestradas. Também já me tinha ocorrido a ideia.
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Os distribuidores de combustíveis poderão garantir que nenhum acordo existe entre eles para um alinhamento tão notório mas a ninguém passa despercebido, e provavelmente à Autoridade da Concorrência também não, que nenhum acordo explícito é necessário para que o "cartel" exista. Referi-me, aliás, a esta questão nos comentários que anotei neste caderno quando a questão dos preços dos combustíveis mobilizou a opinião pública.
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Do mesmo modo, é suspeito o alinhamento quase perfeito dos resultados das sondagens publicadas. As razões são, obviamente, diferentes daquelas que provocam o alinhamento dos preços dos combustíveis. Mas, na origem, está em ambos os casos a mesma razão: a dos custos das diferenças.
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Se amanhã o PSD ganhar as eleições (hipótese provável, segunda as sondagens, há uma semana, mas altamente improvável desde anteontem) ou o PS vencer com maioria absoluta (hipótese altamente improvável, segundo as sondagens, há uma semana, mas com alguma probabilidade desde anteontem, ainda que não geralmente admitida) as sondagens, novamente alinhadas erram, outra vez, todas. Em qualquer caso, serão ou todas ganhadoras ou nenhuma perdedora. Como as gasolineiras.
1 comment:
Acabem com o Gamanço!
Prendam os Gatunos!
www.gamanco.blogspot.com
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