Tuesday, September 15, 2009

YELLOWSTONE


SÁBADO, 13
DOMINGO, 14 de SETEMBRO DE 2009
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Yellowstone é uma marca famosa do turismo internacional. Reclamado como o primeiro parque natural instalado em todo o mundo (em 1872, durante a presidência de Theodore (Teddy)Roosevelt, o mesmo que deu o nome aos ursos de peluche, os teddy bear ), Yellowstone tinha acolhido até 1993 mais de 100 milhões de visitantes. Por estes dias de fim de época (o parque encerra de fim de Setembro a princípio de Maio) havia um frenezim de trânsito que dava uma ideia da confusão que a presença humana leva ao parque durante os meses de Verão, sobretudo Julho e Agosto.
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Há quatro entradas no parque.
Para quem viaja de avião até lá, a melhor solução é a entrada Sul, desembarcando em Jackson Hole, mesmo ao lado do Grand Teton, o gigante mais alto (cerca de 4200 metros acima do nível do mar) de uma família de gigantes perfilados ao longo da zona de aterragem. Depois é só conduzir durante cerca de 120 quilómetros, dos quais cerca de 30 estão em obras, atravessando o Grand Teton National Park , até ao visitor center e instalações hoteleiras do Sul.
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À primeira vista, desde logo, o que não pode passar despercebido ao visitante são os milhões de árvores caídas ou ainda em pé, mas secas, hà já mais de 20 anos à espera que o tempo as apodreça.

Em 1985 e 1988, Yellowstone (e o parque vizinho de Grand Teton) foi devastado por dois incêndios que atingiram a maior parte da área reservada em 1872 precisamente com o objectivo de proteger a fauna dos caçadores que, pelo negócio das pelas, quase a extinguiram, e a flora da ocorrência de fogos incontroláveis.
E são, precisamente, os efeitos desses incêndios, que mais intensamente caracterizam na sua maior parte a paisagem de Yellostone.

Geralmente, por entre as árvores caídas ou ainda de pé, crescem árvores novas (coníferas de diversas espécies), que aos 20 anos, nestas paragens geladas durante o Inverno, ainda são muito jovens, porque o seu crescimento é lento. Há áreas extensas onde, ao fim de todos estes anos, não se vislumbram quaisquer indícios de regeneração. Noutras, o verde viçoso de algumas árvores jovens, não esconde os troncos derrubados. Uma cena de uma batalha, parada no tempo, onde alguns vivos vagueiam por entre tantos corpos mortos.

É pessismismo da minha parte dedicar tanto tempo a uma calamidade quando Yellowstone é sobretudo o esplendor da natureza, o capricho ou a ameaça dos seus géisers (em Yellowstone contam-se cerca de 60% dos geysers de todo o mundo), as hot spring, os seus canyons, as suas cascatas, os seus rios, ora tranquilos entre as margens de floresta, ora caindo estrondosamente entre desfiladeiros desmedidos, a sua vida selvagem, os seus lagos luminosos? Pois será. Mas, pela paisagem impressionante de Yellowstone, falam melhor as fotografias do que eu. Coloco aqui algumas. A web está repleta delas. Mas para a fruição plena do sentidos só indo lá.
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Fotografias:
. A sétima fotografia, a partir de cima, é de uma árvore petrificada. Há outros exemplares no parque, segundo os roteiros.
. A décima, é de um geyser adormecido. Vd indicação na foto ao lado desta.
.A décima quinta é de um geiser em erupção. As erupções têm uma duração média de 5 minutos e são previsíveis.
. A décima fotografia é de um bizonte que não se quis levantar em tempo oportuno. Avistámos três outros, mas não fomos suficientemente oportunos para os fotografar. À chegada ao hotel fomos surpreendidos pela presença de uma bela (ou de um) "mule deer" mas não tínhamos a máquina fotográfica à mão e ela afastou-se rapidamente dali. As fotografias que conseguimos de um "bighorn sheep" e de três outras "mule deer" foram feitas a uma distância demasiado longa para as nossas habilidades. Avistámos também um "bull elk" mas a carga da pilha da máquina tinha-se esgotado. Na estrada, às tantas, havia um congestionamento de trânsito porque toda a gente abandonara os carros para avistar um "grizzly bear" que estaria no fundo do vale. Achámos melhor continuar viagem e deixar o bicho sossegado.

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