"A 20 de Dezembro de 2004, a investigação às suspeitas de enriquecimento ilícito de Mesquita Machado e outros autarcas de Braga mudou de mãos e foi distribuído a outro inspector da PJ do Porto. O inquérito ficou parado durante os 17 meses seguintes. A 17 de Maio de 2006 foi entregue a outro elemento da Judiciária da Invicta - que mal aqueceu o lugar; o caso passaria para outro colega em Novembro. Estes são alguns exemplos que a Procuradoria Geral Distrital do Porto entregou ao Conselho Superior do Ministério Público, que instaurou um inquérito à decisão de arquivar o processo contra o presidente da Câmara de Braga, tomada em Novembro de 2008."
Visão, 5 a 11/3/2009
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"O processo de investigação ao aludido enriquecimento ilícito do Presidente da Câmara de Braga já vai em 9 anos, tempo mais do que suficiente para enriquecer, sobretudo de forma ilícita, empobrecer, tornar a enriquecer e, com o vendaval financeiro, ficar novamente de tanga". (continua aqui)
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Há dias, ouvi na rádio o PGR Pinto Monteiro afirmar, a propósito do caso "apito dourado", que "mesmo que todos sejam absolvidos nada ficará como dantes..."
Entende o senhor PGR que só pelo facto da investigação se reduz a tentação da corrupção. Não está de modo algum provado que assim seja. Pelo contrário, a investigação com sistemática absolvição conduz à banalização e à convicção de impunidade.
O que é que disse o corruptor da Bragaparques, condenado ao pagamento de 5 mil euros por tentativa de corrupção activa no processo de troca dos terrenos do Parque Mayer pelo da Feira Popular? Que vai continuar a proceder como até aqui!
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Pudera: por uns trocos, não há inibição à vista para quem faz da corrupção um lema de vida.
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