Ouvi na rádio a intervenção do PR, em tom grave, alertar para os custos e os benefícios duvidosos de investimentos públicos que o actual governo insiste em levar por diante e que a generalidade da oposição contesta.
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Referiu CS que a construção de autoestradas que estão condenadas a não servirem trânsito que possa justificar os seus custos só tem um beneficiário certo: os empreiteiros que as constroem. Para todos os outros, incluindo os que utilizam essas autoestradas semi-desertas, os custos não justificam os escassos benefícios que elas proporcionam. As dívidas que estes investimentos, sem retorno que as paguem, implicam vêm acelerar o crescimento do endividamento externo, que já atingiu um valor idêntico ao PIB, e a continuada erosão do rendimento nacional, empobrecendo ainda mais os portugueses de hoje e, sobretudo, os de amanhã.
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Deveriam existir mecanismos constitucionais que restringissem as capacidades dos governos eleitos para uma legislatura de comprometer com as suas decisões, se elas forem irreversíveis, as políticas de longo prazo e as responsabilidades das gerações futuras. Assim, bem pode pregar o PR mas as suas palavras cairão em saco roto.
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