Tuesday, March 17, 2009

ACERCA DA ÉTICA - 2

Apesar do escândalo, os perpetradores da crise não se coibem de continuarem a atribuir-se os chorudos prémios com que se regalaram nos últimos anos. Quando deveriam ser intimados a devolver o que sacaram em nome de lucros que depois se percebeu serem logros, os insaciáveis não largam as úberes e continuam a sugar como nada tivesse acontecido.
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E não há leis que os condenem, dizem-nos!
Definitivamente, não há uma crise de valores financeiros mas de valores morais. Quando isso acontece, a História ensina que os Impérios se afundam.
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President Obama expressed outrage on Monday at the use of federal bailout money to pay $165 million in bonuses to AIG employees and ordered the Treasury Secretary to use all legal means to prevent the payments. Yet some administration officials have cautioned that the company has a legal obligation to make the payments. Why would AIG have to pay out its "bonuses"?
Because that's what it agreed to do. Many top executives have employment contracts that specify a formula for computing their annual bonuses. These formulas usually incorporate some measure of overall company performance (stock price, free cash flow, or net income, for example) or the performance of the unit for which the executive is responsible. At some firms, the bonus formulas are freely determined by the board of directors and left out of any employment contracts—but the board may limit its own right to change the formula. It might, say, promise not to change the formula after a specific date. If the company then failed to pay under the original formula, a disgruntled executive could sue the firm for failing to follow its own rules. Under pressure from shareholders, many corporations are becoming more proactive about reserving the right to change their bonus structures. Some boards even reserve the right to recover bonuses already paid if there is evidence of bad behavior by the recipients.
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4 comments:

Luciano Machado said...

E o mais grave é que 11 demitiram-se do grupo depois de se terem aboletado com mais de 40 milhões, só possível com o programa de ajudas públicas de mais de 170 mil milhões!
Pergunto eu: Como é que é possível haver ajudas do estado a empresas sem salvaguarda de actos deste tipo?
Se calhar por cá temos situações semelhantes.
Depois queixem-se dos sindicatos.

A Chata said...

Acerca da ética.
Se tiver tempo, assista às transmissões, no canal Parlamento, das sessões da comissão de inquérito ao sistema bancário.
Hoje, está a ser questionado um ex-administrador do BPN, do pelouro financeiro, sr. Prof. Dr Francisco Comprido.
Não se lembra de nada ou quase nada...

Rui Fonseca said...

"Se calhar por cá temos situações semelhantes."

Temos certamente. Em ponto mais pequeno.

Rui Fonseca said...

"Não se lembra de nada ou quase nada..."

É o álibi da moda: não há mentirosos; os que havia passaram a amnésicos. Se forem apanhados em flagrante delito, invocarão que são sonâmbulos...