Já não o via há algum tempo. Na terça-feira passada contou-me um rosário de desgostos e contrariedades que o têm amargurado nos últimos meses. A agravar-lhe as penas, as críticas que tinha recebido de próximos e parentes sobre o caminho que tinha decidido tomar para remediar o provavelmente irremediável. Disse-lhe que me pareciam obtusas as críticas e que a sua decisão era a mais acertada por ser a que lhe ditava a alma em sofrimento. Penso que descomprimiu porque me disse a seguir: A única coisa boa que me calhou em sorte no meio de tanta amargura foi o empate do Estoril com o Benfica!
Rimo-nos.
Há pouco, quando soube que o Porto tinha ganho ao Benfica, pensei nele. Nunca me tinha ocorrido que um desaire futebolístico de uma equipa adversária pudesse ter um feito descompressor, ainda que fugaz, quando se vê o mar mais alto que a terra.
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