As condições de resgate de 10 mil milhões de euros que ontem - vd aqui, aqui, aqui, aqui - foram impostas aos cipriotas, ou me engano muito ou sentenciaram o princípio do fim do euro.
E da União Europeia. Adensam-se as nuvens que presagiam um furacão destruidor da Europa. Anotei várias vezes, há muito tempo já, esse perigo neste caderno de apontamentos. Jean-Claude Juncker afirmava recentemente em entrevista ao Der Spiegel - vd aqui - que "os demónios da Europa estão apenas adormecidos". Alguns chamam-lhe "The prophet of doom and gloom", o profeta da desgraça e da tristeza.
Por razões que um cidadão comum não entende, FMI & Companhia irresponsável chegaram em Nicósia um fósforo ao rastilho que pode fazer espatifar um edifício sexagenário com evidentes fissuras nas estruturas fundamentais. Estarão loucos? Prefiro acreditar que sou eu que não entendo as artes da pirotecnia. E que também Jean-Claude Juncker anda acabrunhado com algum contratempo pessoal.
4 comments:
Há quem diga que os cursos de história não servem para nada, e eu concordo, pois afinal ninguém aprende nada com ela e repetem-se sempre os erros do passado.
Este, parece-me trágico.
Mas devo estar a ver fantasmas onde só existem sombras.
O estranho é as pessoas que dirigem e decidem, teimar em não ter em conta as opiniões lógicas, apesar de contrárias às suas.
A História serve de muito, Fénix, minha amiga. No mínimo, serve para que não se perca a memória dos erros e também dos sucessos e vitórias, porque também sucederm.
Apesar de, em minha opinião, o Homem não pertencer nem ao passado, nem ao presente, mas sim ao futuro. Talvez se deva a essa consciÊncia do passado, através do conhecimento da História, e devido à impermanência no presente, a dificuldade de nos sabermos projectar não erradamente no futuro.
De qualquer forma, quer façamos bem, ou mal, a leitura do passado, qualquer das formas como cheguemos ao futuro será sempre a possível.
;)
Amigo Bartolomeu, bom era que com a História aprendêssemos tanto ou mais do que com a ciência, pois se é certo que já não padecemos de certos males graças ao seu avanço, continuamos quase na estaca zero, no que respeita aos valores humanos, continuando numa eterna predação humana.
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