O título só parece despropositado à primeira vista. Se é certo que o ex-primeiro-ministro vai ser entrevistado daqui a quatro horas, são, no entanto, muito previsíveis as perguntas e as respostas que vão entreter os planteis de comentadores recentemente contratados pelos vários canais televisivos, a partir de hoje. É essa a estratégia de Sócrates e não há meio de a abortar, mesmo que muitos o pretendam.
A partir de hoje, o assunto mais badalado vai ser "o que ele disse", ainda que o que Sócrates vai dizer, salvo alguma indiscrição que envolva os interlocutores externos com quem dialogou enquanto primeiro-ministro, e nomedamente Angela Merkel, já foi dito e redito vezes sem conta nestes dois últimos dois anos.
Acontece que a memória colectiva é curta e muito do que Sócrates hoje disser, e depois semanalmente repetir, vai ser entendida pela generalidade da população, severamente castigada pelas medidas de austeridade, como novidade de última hora.
Não me admiraria nada que à saída do estúdio, esta noite, Sócrates tenha à sua espera uma multidão de admiradores para o levar em ombros.
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