Tuesday, February 02, 2010

DE EMPATE EM EMPATE ATÉ À DESQUALIFICAÇÃO FINAL

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No actual quadro político a probabilidade de um empate é a mais provável. Não tendo o PM optado por um governo maioritário (a pseudo tentativa foi fogo de vista e as oposições colaboraram) o OE é a resultante, natural, da disputa dos clientelismos partidários.
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A questão, portanto, do meu ponto de vista, radica no sistema constitucional que permite governos minoritários mesmo quando a situação do País é de tal modo crítica que só pode ser, capazmente, enfrentada com um governo maioritário pluripartidário.
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Neste sentido, considero que o Presidente da República não deveria ter dado posse a este Governo e, muito menos, ter-se mostrado confiante de que ele tinha condições para governar. Nem tinha, nem tem.
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Só vejo uma saída: A de que prevaleça o interesse do País e que o Primeiro Ministro, depois de ter apelado à "união nacional" durante a cerimónia da abertura das comemorações da República solicite a demissão ao Presidente da República e este o indigite de seguida para a formação de um Governo maioritário pluripartidário.
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A disputa actual a propósito das exigências de AJJ e do apoio que o PSD lhe dá é apenas mais uma das cenas trágico-cómicas que envolve a confecção deste OE, cada qual puxando o fato para o lado em que se encontra. É lamentável a todos os títulos mas, mais do que isso, é sobretudo incontornável enquanto o Governo do País for minoritário e monopartidário. Nenhum fato resiste por muito tempo, mesmo que seja de boa fazenda, e não é o caso, aos puxões que lhe infligirem permanentemente de todos os lados. Um dia rompe-se.

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